A sinalização de Lula de que manterá José Guimarães
(PT-CE) como líder do governo na Câmara em vez de nomear um deputado do Centrão
deve complicar a vida da nova ministra da articulação política, Gleisi
Hoffmann.
A avaliação é de caciques do Centrão que, nos
bastidores, defendiam o que deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL), aliado próximo
do novo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), assumisse a
liderança do governo.
Na visão de algumas lideranças da Câmara, Isnaldo
seria o “parceiro” perfeito para Gleisi Hoffmann, que assumirá a Secretaria de
Relações Institucionais (SRI) do Planalto na segunda-feira (10/3).
Gleisi é descrita por colegas deputados como uma
política “assertiva”, que age sem meias palavras. Já Isnaldo teria mais
capacidade de “avançar e recuar” em momentos estratégicos, o que complementaria
o estilo da ministra.
Na visão de líderes do Centrão, Guimarães, apesar de
ser elogiado, teria menos capacidade de contradizer Gleisi, por fazer parte do
mesmo grupo político da petista e não ter a mesma proximidade com Hugo Motta
que Isnaldo.
PT não abre mão
A expectativa era de que Guimarães deixasse a
liderança de governo para assumir a presidência do PT no lugar de Gleisi
interinamente, até as eleições para o comando do partido, em junho.
A legenda, entretanto, optou por escolher como
presidente tampão o senador Humberto Costa (PE), justamente para não perder o
deputado cearense no posto de líder de Lula na Câmara.
Metrópoles
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