O roubo de fios e cabos elétricos é um crime em
ascensão. Uma das principais evidências é a evolução histórica do volume de
acidentes e mortes resultantes dessas ações. De 2014 a 2024, as mortes subiram
260%, segundo a Abracopel (Associação Brasileira de Conscientização para os
Perigos da Eletricidade).
Até o início de 2025, esse era um dos poucos dados
sobre o problema de que a indústria dispunha. A pedido do Poder360, pela 1ª vez
a Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica)
contabilizou tanto o prejuízo com a troca dos materiais roubados quanto o peso
desses fios e cabos oriundos da distribuição de energia.
Os números são robustos. Só na troca de fios, sem
contabilizar custos indiretos ou danos a outros setores, as 42 distribuidoras
da associação espalhadas em território nacional reportaram prejuízo de R$ 26
milhões em 2024. Todo esse material pesa 100 toneladas. Seriam necessários ao
menos 30 caminhões de uso urbano para carregar os fios e cabos roubados ao
longo do ano passado.
Só em 2024, a Abracopel contabilizou 54 mortes
relacionadas a esse tipo de roubo. Outros 67 ficaram feridos. Eram 15 e 20 em
2014.
Essas mortes, explica o diretor-executivo da
entidade, Edson Martinho, se dão de duas maneiras: ou o autor do roubo entra em
contato com material energizado ou os fios expostos, ainda contendo energia,
entram em contato com alguém. Cada uma dessas causas responde por metade do
total de óbitos.
Poder 360
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