Um estudo conduzido pelo Banco BTG Pactual apontou
que o Brasil é o 4º país do mundo com mais barreiras não tarifárias para
importação de produtos. Conforme o levantamento, 86,4% das importações
brasileiras são submetidas a alguma barreira.
A Argentina lidera o ranking. Leia a lista:
Argentina (94,6%);
União Europeia (94,3%);
Canadá (88,6%);
Brasil (86,4%);
Estados Unidos (77,4%);
Japão (76,2%);
Colômbia (71,8%);
Indonésia (69%);
Chile (67,8%);
Peru (53,3%);
México (53%);
Índia (45,6%).
As barreiras não tarifárias são regulamentações que podem restringir a
importação de produtos em que não há o pagamento de taxas, como normas
sanitárias, processos alfandegários, medidas fitossanitárias, subsídios, entre
outras normativas.
O estudo do BTG Pactual aponta que os entraves
aplicados pelo Brasil, que servem como proteção dos produtos nacionais contra
concorrência externa, podem ser levados em consideração pelos Estados Unidos em
relação à aplicação da nova política comercial imposta pelo presidente Donald
Trump (Partido Republicano).
Para obter os índices, a instituição financeira usou
uma plataforma de comércio do Banco Mundial. A partir disso, chegou a um
percentual que representa o valor das importações de cada nação sobre as quais
existe algum tipo de norma que pode limitar a aquisição de itens.
Um trecho do estudo aponta que, a partir deste
cálculo, o Brasil aparece como um dos países que mais impõem restrições a
produtos dos Estados Unidos.
“Esse perfil regulatório e tarifário reforça a
percepção de Trump de que o Brasil mantém práticas protecionistas que
restringem a entrada de produtos americanos, o que poderia justificar medidas
retaliatórias sob a lógica da política de ‘reciprocidade de tarifas’ anunciada
pelos Estados Unidos”, afirma o estudo.
O estudo aponta ainda que, ao observar as alíquotas
efetivamente aplicadas em importações, a taxa brasileira sobre produtos dos EUA
é de 5,8%, enquanto a tarifa dos norte-americanos sobre produtos oriundos do
Brasil é de 1,3%.
Isso significa que, caso os Estados Unidos decidam
aplicar uma política de reciprocidade, podem impactar a economia brasileira em
US$ 2 bilhões a US$ 3 bilhões, conforme o estudo.
Poder360
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