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quinta-feira, 13 de março de 2025

A lavação de roupa suja nas reuniões para unificar a candidatura à presidência do PT

 


Atual e ex-presidentes do PT, Humberto Costa e Gleisi Hoffmann fizeram ontem duas reuniões em separado com Edinho Silva, candidato de Lula para comandar a legenda nos próximos anos e aproveitaram para lavar a roupa suja. Segundo interlocutores dos envolvidos, Edinho ouviu de Gleisi sobre a insatisfação dela em como ele conduziu o início da campanha para assumir a presidência do PT e sobre a resistência dele em presidir com nomes da atual direção.

Gleisi criticou, por exemplo, as suspeitas divulgadas pela imprensa de como a atual direção usa o fundo partidário e eleitoral. A ministra, inclusive, rebate críticas alegando dar transparência aos recursos do fundo no portal do TSE. À colunista Bela Megale, Gleisi defendeu Gleide Andrade, tesoureira do PT, alegando se tratar de "ataques misóginos cobertos por um anonimato covarde".

Gleide virou alvo de uma ala do partido após a reunião da última quinta-feira entre Lula e membros da CNB, corrente majoritária do PT. Levado para uma agenda de conciliação, Lula acabou assistindo a uma fritura de Edinho, seu candidato favorito. Como Gleide estava entre os participantes da reunião, aliados de Edinho viram o movimento como uma estratégia da atual direção para manter o controle dos recursos do PT, o que foi rechaçado por Gleisi Hoffmann.

Apesar da lavação de roupa suja ontem, interlocutores dos envolvidos nas duas reuniões, viram avanço nas duas conversas e não descartam uma composição em torno da candidatura de Edinho Silva.

Lauro Jardim - O Globo

 

 

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