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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

TANGARAENSE - Sindipostos: novo aumento da gasolina não está descartado

 


O preço dos combustíveis em Natal vem subindo desde 29 de janeiro, antes mesmo da entrada em vigor do reajuste promovido pelo Governo Federal, que elevou o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre gasolina e diesel no sábado (1º de fevereiro). A TRIBUNA DO NORTE acompanha a variação dos preços nas bombas desde a primeira alta registrada na semana passada, quando a gasolina chegou a R$ 6,89 e o diesel a R$ 6,59. Nesta segunda-feira (3), os valores permaneciam inalterados em postos das zonas Sul e Leste da capital, mas, segundo o Sindipostos, novos reajustes ainda podem ocorrer.

De acordo com Maxwell Flor, presidente do Sindipostos/RN, o aumento observado na última quarta-feira (29) foi decorrente de repasses que vinham sendo feitos anteriormente pelas distribuidoras. A manutenção dos preços até agora se daria em razão dos estoques feitos pelos revendedores dos produtos comprados na semana passada. Com isso, existe a possibilidade de que o reajuste do Governo Federal (que elevou o preço da gasolina em R$ 0,10 por litro, o que representa alta de 7%, e do diesel em R$ 0,06 – reajuste de 5%) ainda seja repassado ao consumidor final.

 “Durante o final de semana, quando passou a valer a alta do ICMS, os revendedores não fazem compras, então, o combustível que chega ao consumidor agora é o que está em estoque desde antes de sábado. Estamos no escuro, digamos assim, porque a gente vai saber o impacto na planilha dos revendedores à medida que o estoque for renovado, mas a gente não descarta que um novo aumento aconteça”, destaca Maxwell Flor.

Ainda segundo ele, o cenário é difícil de prever, porque concomitantemente às elevações, a Refinaria Clara Camarão, no Rio Grande do Norte, anunciou uma redução de preços também na semana passada.

De acordo com a companhia, o preço do litro da gasolina tipo A reduziu em R$ 0,05, enquanto o diesel S-500 ficou R$ 0,08 mais barato. “Acredito que esse fator, aliado a outros, como a queda no valor do barril do petróleo e do dólar, pode representar uma virada de chave. Então, é possível que, assim, o consumidor não precise sofrer com um novo reajuste”, comenta Flor.

A reportagem percorreu, nesta segunda, as avenidas Prudente de Morais e Roberto Freire, na capital. Em todos os postos, o litro da gasolina comum custava R$ 6,89. Já o preço do diesel oscilava entre R$ 6,33 e R$ 6,59.

Os valores são os mesmos constados pela reportagem no sábado (1º). Naquele dia, a gasolina oscilava entre R$ 6,63 e R$ 6,89, preços já registrados antes, na quarta-feira (29), e que, conforme consumidores ouvidos, representavam uma elevação de até R$ 1,00 em relação ao preço praticado até à véspera. Diante do cenário, os motoristas reclamam da disparada de preços e torcem pelo fim dos aumentos.

“Eu tento fazer alguma economia controlando o uso do veículo, mas é difícil. Meu carro é flex, então, durante metade do mês abasteço com álcool e na outra metade, com gasolina. Outra opção é andar de transporte por aplicativo”, relata a executiva de contas Jaqueline Trindade. Já Ilka Azevedo, 47, diz que prefere manter o carro dela – que também é flex – abastecido apenas com gasolina. “Além de deixar o veículo com menos autonomia [no caso do álcool], a diferença de preços é pouca. O jeito é encarar esse aumento, porque não há diferença [de preços[ nem entre um posto e outro”, diz.

O motorista de transporte por aplicativo Walisson Lopes afirma que sofre ainda mais os impactos, já que usa o veículo com muita frequência. “E não vejo saída para gastar menos. Já pensei em converter o carro para GNV [Gás Natural Veicular], mas colegas me disseram que não vale tanto a pena. A situação é difícil e absurda. O jeito é colocar a mão no bolso mesmo”, reclama.

Tribuna do Norte

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