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sábado, 22 de fevereiro de 2025

TANGARAENSE - Lula tosta ministros na frigideira do Palácio

 


Lula tosta ministros na frigideira do Palácio

Reforma ministerial começa ao gosto das cozinhas palacianas: na base da fritura

Com aviso prévio, mas sem direito a inauguração oficial, a reforma do ministério já começou. E daquele jeito bem ao gosto das cozinhas palacianas: na base da fritura.

De acordo com a conhecida receita, primeiro o nome do candidato à demissão é posto em marinada; depois cozido em fogo lento por tempo suficiente à circulação dos boatos sobre virtuais substitutos até que, torrado e digerido internamente, o prato é servido ao público no anúncio do felizardo.

Felizarda, no caso da presidente do PT, a deputada Gleisi Hoffmann, cotada para o lugar de Márcio Macêdo (PT) na Secretaria-Geral da Presidência.

Na frigideira em que se encontra Macêdo, esteve sentado o também petista Paulo Pimenta por semanas a fio enquanto ganhavam corpo sem desmentidos os rumores sobre a nomeação de Sidônio Palmeira para a chefia da Comunicação.

Nísia Trindade, a titular da pasta da Saúde, nos últimos dias foi transferida do ministério para a boca mais forte do fogão e ali ficará até que o presidente Lula (PT) resolva fazer a gentileza de poupá-la da humilhante exposição à bolsa de apostas entre o preferido de Fernando Haddad ou o apadrinhado de Rui Costa.

Evidentemente, não foge a ninguém a percepção de que a chapa quente só queima correligionários, moradores da casa onde o chefe é Lula a quem não se ousa contrariar a bem da unidade do partido em momento difícil. É a primeira etapa da reforma.

Na segunda, o tratamento tende a ser diferente, mais cortês, porque diz respeito ao jogo de acomodação com os complicados critérios de assegurar fidelidade de votos no Congresso e construir alianças firmes para 2026.

Entrar na seara das onças do centrão requer prática e habilidade, mas não só. O presidente da República dispõe dos dois atributos. Falta-lhe, contudo, o terceiro e crucial fator: um bom índice de aprovação popular.

Em queda nas pesquisas e sem sinal de que tenha um plano eficaz de recuperação, não há garantia de nada. No cenário incerto, o ministro de hoje pode vir a ser o adversário de amanhã.

Dora Kramer - Folha de São Paulo

 

 

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