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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

TANGARAENSE - “Estamos vivendo uma distopia no Brasil, com a hipertrofia de um poder sobre os demais”, diz Rogério Marinho

 


O senador Rogério Marinho (PL) criticou duramente o atual cenário político e judicial brasileiro durante uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira 19. Ele afirmou que o Brasil atravessa uma “distopia” em que há uma “hipertrofia de um poder sobre os demais”, referindo-se ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao que ele considera como excessos cometidos pela Justiça em processos envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros políticos de direita.

“Estamos vivendo uma distopia no Brasil, onde claramente há uma hipertrofia de um poder sobre os demais. Há uma invasão de direitos fundamentais e constitucionais dos cidadãos brasileiros”, disse o senador, destacando que considera inconstitucional o processo que tornou Bolsonaro inelegível. Para ele, as investigações violam princípios fundamentais como o do juiz natural, a dignidade humana e a liberdade de expressão.

Rogério voltou a defender Bolsonaro, alegando que o ex-presidente foi punido injustamente por criticar o sistema eleitoral. “O crime de Bolsonaro foi ousar criticar o sistema eleitoral brasileiro”, afirmou. Ele mencionou o episódio em que Bolsonaro reuniu embaixadores para discutir vulnerabilidades das urnas eletrônicas e alegou que tal ação foi interpretada como tentativa de golpe, apesar de, segundo ele, estar baseada em um inquérito da própria Polícia Federal sobre invasão dos sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Em função desta situação, o presidente foi declarado inelegível sob a alegação de que fez infundadas acusações contra o sistema. Infundadas por quê? Por quem?”, questionou o senador.

Outro ponto levantado por ele foi a falta de transparência nos processos judiciais. E criticou o sigilo imposto ao inquérito que investigava a suposta invasão ao TSE em 2018. “Pouco mais de dois dias depois da reunião com embaixadores, esse inquérito foi colocado sob sigilo. Já se passaram quase sete anos e ninguém sabe em que pé está esse processo”, afirmou. Ele sugeriu que há interesses por trás dessa falta de clareza e criticou a morosidade da Justiça.

O senador também condenou o que chamou de “julgamento político” contra opositores ao governo atual. Ele destacou que o ministro do STF responsável por alguns desses processos já teria expressado publicamente opiniões contrárias a Bolsonaro e outros políticos de direita, comprometendo a imparcialidade das decisões.

“Como crer na isenção desse processo quando vemos ministros afirmando que é necessário concluir esse julgamento antes das eleições de 2026 para não contaminá-las?”, questionou.

Rogério foi além ao criticar as penas impostas aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, que resultaram na depredação das sedes dos Três Poderes. Para ele, as sentenças foram desproporcionais e violam o princípio da individualização das penas. “Achamos que quem participou desses atos deve ser responsabilizado, mas não com penas de 17 anos, 15 anos, 14 anos. Isso é um exagero”, declarou.

O senador concluiu pedindo pacificação política no país, mas com o que chamou de “justiça verdadeira”. “A sociedade brasileira precisa de pacificação e conciliação, mas precisa, sobretudo, de justiça. Não podemos permitir que um poder se sobreponha aos demais e destrua os alicerces da nossa democracia”, disse.

 

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