O reajuste do Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os combustíveis, que entrou em vigor no
último sábado (1º), deve impactar também a cadeia de produção de alimentos no
País e provocar novos aumentos de preços nas prateleiras dos supermercados. No
Rio Grande do Norte, segundo fontes ouvidas pela reportagem, os
hortifrutigranjeiros devem ser os mais impactados, mas não apenas eles. Em todo
o Brasil, as carnes, que registraram alta de R$ 20,8%, conforme o IBGE, também
devem ser afetadas.
O efeito acontece mais especificamente em razão da
alta do diesel, de R$ 0,06, o que representa um reajuste de 5%. O aumento do
preço do diesel influencia diretamente na cadeia de produção de alimentos por
causa do transporte de mercadorias, feito essencialmente por rodovias. Não só
os fretes são impactados, mas também tratores, colheitadeiras e vários outros
equipamentos utilizados no meio rural para a produção de alimentos.
Toda a cadeia será impactada, uma vez que o diesel
está presente em todos os insumos básicos, desde a logística até o
deslocamento. No Rio Grande do Norte, os hortifrutigranjeiros serão os itens
mais afetados, com destaque para aqueles produzidos mais distantes de Natal e
região. Os alimentos que não são produzidos no cinturão verde da Região
Metropolitana ficam mais caros devido ao aumento do custo de transporte.
Alimentos industrializados fabricados fora do estado também sentirão os
efeitos, impactando praticamente toda a cadeia de consumo.
Itens como frutas, verduras, legumes e produtos de
granjas devem continuar subindo de preço. Os aumentos não deverão demorar para
aparecer, podendo ser percebidos já nesta semana, já que o aumento do
combustível costuma impactar imediatamente o consumo.
O setor de supermercados acompanha com preocupação
mais este reajuste. Em 2024, houve uma redução de vendas, e a expectativa é que
as altas nos preços sejam observadas dentro de 15 a 20 dias, devido aos
estoques que permitem segurar os valores temporariamente. Ainda não há um
cálculo exato de quanto será o impacto, mas produtos perecíveis, abastecidos
semanalmente, já deverão ter uma precificação diferenciada devido ao aumento do
frete.
Os aumentos do diesel serão repassados às
transportadoras e, consequentemente, aos clientes e ao setor de comércio de
bens e serviços. Esse impacto se estenderá também ao setor de alimentação fora
do domicílio, tornando-se mais um desafio para o setor econômico.
Com informações de Tribuna do Norte
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