As bolsas europeias e os futuros americanos são
negociados em alta na manhã desta quinta-feira, 16. O governo federal voltou
atrás e revogou as mudanças anunciadas para o Pix. O monitoramento de
movimentações acima de 5 mil reais de pessoas físicas e de 15 mil reais de
empresas foi suspenso quarta à tarde. O ministro Fernando Haddad disse em
coletiva que o governo vai enviar uma MP ao Congresso para reforçar a gratuidade
do Pix e equiparar o instrumento ao pagamento em dinheiro.
Haddad acusou a oposição de propagar fake news e
disse que o estrago feito por inescrupulosos está feito. Sobrou até para Paulo
Guedes, seu antecessor no ministério da Economia. Haddad disse que Guedes
chegou a defender a volta da CPMF em entrevistas e que tal proposta jamais foi
cogitada pelo atual governo.
Nos mercados, o Ibovespa intensificou sua alta
depois do anúncio de Haddad e fechou o dia em alta de quase 3% — a maior em
quase dois anos. O dólar caiu e fechou o dia cotado a 6,02 reais. Dados do
núcleo de inflação nos Estados Unidos “mais comportados” do que o previsto
influenciaram positivamente as bolsas pelo mundo. Mauro Rochlin, economista e
professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) diz que o governo ficou sem outra
saída a não ser revogar as mudanças no Pix porque foi feito “um escarcéu
tremendo em cima de uma medida de pouco impacto financeiro”.
Rochlin diz ainda que a credibilidade do governo
está prejudicada e que a imagem do governo está manchada no Congresso e na
sociedade.
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