Uma confusão entre internos foi registrada durante a
tarde desta quinta-feira (30) na Penitenciária de Alcaçuz, localizada em Nísia
Floresta, cidade da Grande Natal. De acordo com informações da Secretaria de
Estado da Administração (Seap), policiais penais no local utilizaram granadas
de luz e som, armamento não letal, para normalizar a situação, ocorrida no
Pavilhão 3. Não houve feridos.
Em nota, a pasta afirmou que a ocorrência foi registrada
no momento em que as visitas já haviam deixado o Pavilhão. Após o ocorrido a
unidade seguiu com as atividades normalmente. Os envolvidos foram identificados
e serão submetidos a sanção disciplinar. A Seap negou que o caso se tratou de
motim ou rebelião.
“Princípio
de motim”
O Sindicato dos Policiais Penais do Rio Grande do
Norte (Sindppern), considerou a ocorrência como um princípio de motim. De
acordo com a presidente do Sindppern, Vilma Batista, os detentos quebraram
cadeiras e tentaram dominar o Pavilhão 3, mas foram contidos pelos agentes. Por
meio das redes sociais, ela criticou a governadora Fátima Bezerra e os atuais
responsáveis pelo sistema prisional do Estado.
“O que vemos no sistema prisional do Rio Grande do
Norte atualmente é só marketing. Mais uma vez, o Estado e a Seap assinam um
atestado de incompetência. Mas vamos denunciar e cobrar da governadora para que
ela assuma o sistema prisional, porque, infelizmente, todas as mortes e tudo
que for quebrado dentro do sistema ficará na conta da Seap”, declarou.
Vilma Batista disparou contra a Seap, ao afirmar que
a pasta está “descontruindo” os procedimentos contruídos pelos policiais penais
ao longo dos anos. “São os policiais penais que estão na linha de frente,
fazendo de tudo para controlar o sistema prisional. E vocês estão atrás de um
birô, descontruindo todos os procedimentos que nós construímos, que garantem a
vida desses presos e dos famliares”, disse.
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