Aposentados da Cosern realizaram uma manifestação no
Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Natal, na
manhã desta terça-feira (28), durante a audiência de execução de valores de um
processo que envolve ex-funcionários da empresa.
A ação questiona o cumprimento de acordos feitos
durante a privatização da Cosern, que, segundo os manifestantes, não foram
cumpridos.
De acordo com os manifestantes, o processo atinge
598 ex-funcionários da empresa e está em aberto desde 2003.
Segundo os aposentados que estavam no local, a causa
remonta à privatização da empresa, quando foi firmado um acordo coletivo que
incluía promessas de benefícios e ajustes financeiros para os funcionários,
tanto para os que permanecessem na ativa quanto para os que se aposentassem.
De acordo com os ex-funcionários, a Cosern não
cumpriu essas promessas após a privatização, o que gerou uma série de
pendências financeiras que ainda não foram resolvidas.
Os acordos envolvem, entre outras questões, o
cumprimento de reajustes salariais, benefícios e outras compensações.
Joaquim Edilson, aposentado e um dos membros do
grupo, afirmou que a empresa tem tentado adiar o pagamento das pendências.
“Estamos buscando que a justiça determine o pagamento de parte do valor devido,
enquanto negociamos o restante”, disse.
Ele também mencionou que muitos dos ex-funcionários
enfrentam problemas de saúde, incluindo casos graves, e que a situação é
difícil para eles e suas famílias.
Outro aposentado, Nilson Moura, também presente na
manifestação, destacou a falta de apoio do sindicato e a necessidade de uma
resolução mais rápida do processo.
“Estamos tentando sensibilizar a justiça para que o
julgamento seja mais célere, pois muitos colegas já faleceram, e suas famílias
precisam receber o que é devido”, afirmou.
A questão envolve promessas feitas durante a
privatização da Cosern, que não teriam sido cumpridas pela empresa, conforme
alegam os ex-funcionários. A Cosern, atualmente sob o controle do grupo
Iberdrola, é acusada de não resolver as pendências.
Em resposta à manifestação, a Neoenergia Cosern, em
nota, informou que "não comenta demandas judiciais em andamento e que as
manifestações serão realizadas nos autos do processo".
A audiência que acontecia, na manhã desta
terça-feira (28), no TRT foi suspensa pela desembargadora Isaura Simonetti.
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