Operação deflagrada nesta terça-feira (10) contra uma quadrilha que atua em roubos de cargas na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, tem como um dos alvos Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, que está preso desde 2002. Um mandado de busca e apreensão está sendo cumprido no Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná.
“Dentro das unidades
prisionais federais há um processo de monitoramento constante dos presos. Entre
eles, o trabalho conjunto de vigilância, que tem como praxe alertar ao
Ministério Público e às polícias sobre movimentações suspeitas. Essas medidas
e, consequentemente a operação desta terça-feira, mostram a higidez do Sistema
Penitenciário. No caso específico, as visitas de familiares do detento foram
suspensas. A equipe de inteligência do Sistema Penitenciário Federal
identificou movimentos suspeitos de que o preso estaria usando familiares para
repassar informações e recados para fora da unidade”, diz nota do Ministério da
Justiça.
A operação foi realizada
por policiais civis da 60ª DP (Campos Elíseos) e agentes do Grupo de Atuação
Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, com
apoio da Polícia Militar. As diligências têm o objetivo de cumprir mandados de
busca e apreensão contra investigados por praticar crimes que causaram prejuízo
estimado de cerca de R$ 4 milhões.
A ação faz parte da
segunda fase da Operação Torniquete, que tem como objetivo reprimir roubos,
furtos e receptação de cargas e de veículos, delitos que financiam as
atividades das facções criminosas, suas disputas territoriais e ainda garantem
pagamentos a familiares dos seus integrantes, estejam eles detidos ou em
liberdade. Desde setembro, já são mais de 240 presos, além de veículos e cargas
recuperados.
Segundo o governo
estadual, as investigações comprovaram que integrantes de uma organização
criminosa, aliados a suspeitos om informação privilegiada, foram responsáveis
por cometer dezenas de roubos de carga em vias expressas. O grupo
– oriundo das comunidades c, Rua Sete, Jardim Ana Clara e Parque das
Missões – atua na Avenida Brasil, na Rodovia Washington Luis e na
Rio-Magé.
A partir da investigação,
foi possível delimitar toda a estrutura hierárquica do bando, que utiliza
armamento e aparelho bloqueador de sinais fornecidos pela facção. Em troca, 50%
da renda auferida com os roubos eram repassados à organização criminosa.
“Outras lideranças do
tráfico local atuam no revezamento de apoio logístico, liberando o uso de
espaço dentro das comunidades que exploram para o transbordo das cargas”, diz a
nota.
Agência Brasil
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