O
senador Rogério Marinho contraiu o ressentimento dos militares por ser contra o
"golpe". A informação foi revelada pelo colunista Paulo Cappelli, do
Metrópoles.
Leia a
publicação:
Anotações
encontradas pela Polícia Federal (PF) revelaram a bronca de militares com
Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado. Em uma folha com
mensagens do delator Mauro Cid repassadas ao general Braga Netto, consta a
frase: “Ressentimento com a parte política da direita: Rogério Marinho”.
De
acordo com interlocutores, a ala militar radical do bolsonarismo se decepcionou
com Marinho porque o parlamentar foi contra iniciativas que levassem a uma
ruptura democrática. O parlamentar tentou convencer o entorno do então
presidente a “virar a página e ter paciência” para que Bolsonaro voltasse ao
poder em 2026 pela via eleitoral.
Rogério
Marinho argumentou que Bolsonaro tinha o “apoio de 50% da população” e que o PT
“não saberia governar”, abrindo amplo espaço para o retorno da direita ao
Planalto. Naquele momento, em dezembro de 2022, o convívio entre o ainda
presidente e o recém-eleito senador era praticamente diário, uma vez que
estavam costurando a candidatura de Marinho ao comando do Senado — o
parlamentar do PL acabou derrotado por Rodrigo Pacheco (PSD) no começo de 2023.
Dessa
forma, os militares que hoje estão na mira da PF pela suposta trama golpista
ficaram ressentidos com o atual líder da oposição por puxar a corda para o
outro lado. Rogério Marinho foi secretário especial da Previdência de 2019 a
2020 e ministro do Desenvolvimento Regional de 2020 a 2022, sendo um dos
políticos de confiança de Bolsonaro.
Blog do
Gustavo Negreiros
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