terça-feira, 29 de outubro de 2024

Polícia investiga se supermercados compraram carne de abatedouro ilegal em Natal

 


Supermercados do Rio Grande do Norte podem ter comprado carnes de um abatedouro clandestino fechado na última sexta-feira (25), segundo informou a Polícia Civil. A venda dos produtos sem controle sanitário é investigado pelas autoridades.

Ao todo, seis pessoas foram presas durante a operação no bairro Felipe Camarão, na Zona Oeste da capital. Os suspeitos deverão responder à Justiça por maus-tratos aos animais, infrações ambientais, além de crimes relacionados ao consumo e à saúde pública, informou a polícia.

"No momento que o proprietário do local foi questionado acerca do destino que seria dado a esses alimentos, ele falou que essas carnes não seriam destinadas somente a feiras, como as pessoas comumente pensam, mas citou dois grandes supermercados aqui do estado. A partir de agora é importante que as investigações continuem, porque recepcionar esse tipo de alimento também é crime", disse a delegada Danielle Filgueira.

Apesar do flagrante, o responsável pelo abatedouro foi liberado da prisão após passar por audiência de custódia.

A delegada informou que os responsáveis pelos supermercados serão acionados para prestar depoimento e os órgãos fiscalizadores deverão inspecionar os estabelecimentos.

A operação da última sexta (25) foi conduzida pela Delegacia Especializada em Proteção ao Meio Ambiente e ao Turista, junto com as Secretarias Municipais de Serviços Urbanos (Semsur) e de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), além do Instituto de Desenvolvimento Agrário do Rio Grande do Norte (Idiarn), Guarda Municipal e Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep).

Segundo a delegada Danielle Filgueira, a Semurb já tinha autuado e aplicado multa contra os responsáveis pelo abate, mas eles continuavam com a atividade ilegal e, por isso, o órgão municipal acionou a polícia.

"Uma cena que nos chocou bastante, no local, eram animais domésticos, gatos e cachorros, lambendo essa carne que estava pronta para sair para o consumo humano. Fora o gado que estava sendo abatido no local, no chão, sem qualquer higiene, sem condição nenhuma de salubridade para uma carne que tem destino ao consumo humano", disse a delegada.

Mesmo após a prisão, a delegada disse que a polícia recebeu novos relatos de continuidade das atividades. De acordo com ela, caso os suspeitos voltem a reincidir no crime e sejam flagrados deverão receber mandado de prisão preventiva.

 

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