Um eclipse solar anular, quando a Lua se alinha
entre a Terra e o Sol e o seu diâmetro aparente fica menor do que o do Sol,
acontecerá nesta quarta-feira, 2, e será visível em partes do Brasil, segundo o
Observatório Nacional. O fenômeno, que deixa apenas a borda do Sol aparente, forma
uma espécie de “anel de fogo” no céu.
O observatório, que pertence ao Ministério da
Ciência e Tecnologia, diz que o eclipse solar será visível principalmente ao
extremo Sul do continente americano, ou seja, da Argentina e do Chile. Mas
também será possível observá-lo na parte Sul das regiões Sudeste e Centro-Oeste
e em toda a região Sul do Brasil. O fenômeno ocorrerá próximo ao pôr do Sol.
“Esse tipo de
eclipse ocorre quando a Lua está em seu apogeu, o ponto mais distante de sua
órbita da Terra, ou próxima deste ponto, fazendo com que pareça menor do que o
Sol no céu. A frequência com que os eclipses do Sol ocorrem é em média duas
vezes por ano, podendo ser somente parciais, anulares ou totais”, diz a
astrônoma do Observatório Nacional (ON/MCTI) Josina Nascimento.
Enquanto eclipses solares anulares geram o efeito de
anel, com uma borda um pouco mais grossa do Sol aparente, os parciais deixam o
astro avermelhado em formato de meia Lua, pois ocorrem quando Lua e Sol não
estão completamente alinhados. Já no eclipse total, há alinhamento de posição e
tamanho, por isso a estrela praticamente desaparece, restando apenas uma
pequena luz que vaza pelas bordas da Lua.
Basicamente, é a distância entre a Terra, a Lua e o
Sol, a depender do ponto de órbita em que Lua e Terra estão em relação ao Sol,
que causa os diferentes efeitos. A posição dos astros também dita os locais
onde o fenômeno fica visível da Terra. A sombra mais escura, onde toda a luz
solar é bloqueada, é chamada umbra pela astronomia.
De acordo com Josina, eclipses da Lua e do Sol
costumam ocorrer em sequência, por conta da inclinação da órbita da Lua em
relação à Terra. Neste caso, o eclipse solar anular esperado para 2 de outubro
faz par com o eclipse parcial da Lua ocorrido na noite de 17 para 18 de
setembro.
Como assistir ao eclipse solar anular do Brasil?
Quem estiver ao Sul das regiões Sudeste e
Centro-Oeste, ou em qualquer ponto da região Sul do País, e quiser ver o
eclipse deve procurar um local com vista desimpedida para o Oeste, já que o
evento ocorrerá próximo ao pôr do sol.
“Em hipótese alguma olhe diretamente para o Sol sem
proteção adequada. Óculos escuros, chapas de raio-X ou outros filtros caseiros
não protegem contra os danos. É essencial utilizar filtros certificados, como
os óculos especiais para observação solar ou vidros de soldador 14?, afirma
Josina.
Em São Paulo, o eclipse deve começar a se formar,
parcialmente, às 16h51. Em alguns minutos, atingirá o efeito de “anel de fogo”
e, às 18h23, termina com o pôr do Sol.
No Rio de Janeiro, começará às 16h59 e o Sol se porá
às 17h50. Em Minas Gerais, das 18h59 às 18h15. E, no Rio Grande do Sul, das
16h30 às 18h41. As informações são do site Time And Date e indicadas pelo
Observatório Nacional.
Para quem preferir. ou não puder assistir por conta
da sua localização, o Observatório Nacional fará uma transmissão ao vivo do
eclipse anular em seu canal no YouTube. A transmissão será feita em parceria
com astrônomos do Projeto “Céu em sua Casa: observação remota” e com o Time And
Date.
Estadão Contéudo
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