Após os policiais civis iniciarem a paralisação
geral dos serviços, nesta terça-feira (23), o Rio Grande do Norte contabiliza
mais um setor de serviço em greve. Além dos agentes de segurança, os servidores
estaduais da saúde, professores e servidores técnico-administrativos da UFRN e
IFRN também estão de braços cruzados. O motivo em comum entre as categorias é o
reajuste salarial. Os servidores do Departamento Estadual de Trânsito
(Detran/RN) e da Administração Indireta (Sinai/RN) também ameaçam paralisar os
serviços.
No total, o RN vive uma paralisação de serviços na
educação, saúde e segurança. Nesta terça-feira (23), os servidores do Detran
convocaram uma assembleia geral para a avaliação da Campanha Salarial 2024 e
indicativo de greve. O Sindicato dos Servidores Públicos da Administração
Indireta do RN (Sinai/RN) também convocou, para esta quarta-feira (24), um ato
unificado do Fórum dos Servidores contra a política salarial de reajuste zero
do Governo Estadual.
Nesta segunda-feira (22), os policiais civis
decidiram iniciar uma paralisação geral por tempo indeterminado, em Assembleia
Geral, e é em decorrência da insatisfação em relação ao tratamento que o
Governo tem dado a categoria. As reinvidicações da categoria abrangem o plano
de valorização salarial e a nomeação de 153 policiais formados em fevereiro
deste ano.
Os servidores estaduais da saúde também iniciaram a
greve no dia 3 de abril. A decisão foi tomada após negociações com o Governo do
Estado para a recomposição e reajuste salarial de várias categorias. O
Sindicato dos trabalhadores da saúde do Estado (Sindsaúde) afirmou, em nota
divulgada na última quarta-feira (17), que a manutenção da greve acontece pela
rejeição da categoria à proposta de reajuste salarial zero do Governo do
Estado. Aliado a isso, os trabalhadores reivindicam melhores condições de
trabalho, a convocação do cadastro de reserva, um novo concurso público e o
abastecimento efetivo de insumos e medicamentos nos hospitais estaduais.
Na educação, servidores técnico-administrativos de
universidades e institutos federais paralisaram os serviços. Além de
reivindicar, inicialmente, uma recomposição salarial que varia de 22,71% a
34,32%, dependendo da categoria, os servidores pedem a reestruturação das
carreiras da área técnico-administrativa e de docentes; a revogação de “todas
as normas que prejudicam a educação federal aprovadas nos governos Temer e
Bolsonaro”, bem como a recomposição do orçamento e o reajuste imediato dos
auxílios e bolsas dos estudantes.
Além dos técnico-administrativos, os professores da
UFRN também estão em greve. O sindicato reivindica o reajuste salarial linear
para os servidores públicos federais de 7,06% em 2024, 7,06% em 2025, e 7,06%
em 2026, totalizando 22,8%, e a reestruturação das carreiras do Magistério
Superior e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT).
Fonte: Tribuna do Norte
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