A previsão para o próximo trimestre (maio, junho e
julho) indica chuvas
acima da média no Rio Grande do Norte, atribuídas principalmente às
temperaturas elevadas nas águas superficiais do oceano Atlântico. Prevê-se que
o Litoral Potiguar seja a área mais impactada por essas chuvas.
Essas conclusões surgiram durante a Reunião de
Análise Climática e Prognóstico para o Rio Grande do Norte, liderada pela
Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), em
colaboração com especialistas de todos os centros de meteorologia do Nordeste,
realizada na última quinta-feira 25.
Em contraste com as previsões feitas em outubro de
2023, as chuvas no Rio Grande do Norte têm excedido as expectativas nos meses
de março e abril, que fazem parte da temporada de chuvas do estado. Essa
mudança foi inesperada, dada a presença global do fenômeno El Niño, que
contribui para a seca na região Nordeste.
“O fenômeno El Niño está mostrando sinais de
enfraquecimento. Esse cenário tem sido observado gradualmente e está tendendo
para uma condição de La Niña, que, ao contrário do El Niño, tende a trazer
chuvas”, afirmou Gilmar Bristot, chefe da unidade de Meteorologia da EMPARN.
Bristot destacou que a temperatura média atual das
águas superficiais do oceano Atlântico está oscilando entre 29°C e 30°C. “Nunca
antes na história da climatologia foram registradas temperaturas tão altas no
oceano Atlântico Norte como nos últimos meses. Os termômetros têm mostrado
médias em torno de 29°C/30°C, quando o normal seria entre 27°C e 28°C”,
explicou.
Os especialistas observam que desde novembro de
2023, o Rio Grande do Norte tem recebido chuvas regulares, com acumulados acima
da média. Mesmo a Região do Seridó Oriental, que normalmente não é tão chuvosa,
tem registrado volumes acima do esperado neste período.
“Dadas as circunstâncias atuais apresentadas pelos
modelos meteorológicos, a previsão é de um próximo trimestre mais chuvoso no Rio
Grande do Norte. Estamos monitorando os dados coletados semanalmente para
fornecer previsões cada vez mais precisas e orientar as ações dos órgãos
governamentais”, concluiu.
Agora RN
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