A empresa 3R Petroleum, que opera na Refinaria Clara
Camarão, em Guamaré, atualizou a tabela de preços dos combustíveis nesta
quinta-feira (18) e registrou aumento no preço de distribuição da Gasolina A.
Este é o terceiro acréscimo consecutivo, que acumula uma diferença de R$0,23
desde a última estabilidade no dia 28 de março.
O preço da Gasolina A saiu de R$3,43 e subiu para
R$3,48, representando um aumento de R$0,05 no comparativo ao preço
comercializado no dia 11 de abril. Entre os dias 11 e 04 do mesmo mês, a
mudança foi de R$3,35 para R$3,48, uma diferença de R$0,08. Já entre 04 de
abril e 28 de março, a alteração nos valores teve registro de R$3,25 para
R$3,35, uma mudança de R$0,10.
O terminal da Petrobras mais próximo do Rio Grande
do Norte está em Cabedelo, na Paraíba. De acordo com a última atualização na
tabela em 1º de abril, a Petrobras está comercializando a Gasolina pelo valor
de R$2,70, ou seja, uma diferença de R$0,78 em comparação com a 3R. O preço da
Petrobras está estável e sem mudanças desde o dia 21 de outubro de 2023.
A 3R informou que necessita importar gasolina, de
forma a não desabastecer os postos do Estado, uma vez que a Refinaria Clara
Camarão não detém capacidade para produzi-lo. “Assim, a Companhia o adquire no
mercado ao preço de referência internacional, que é sensível a flutuações do
dólar, a variações do Brent e a custos logísticos incidentes até a chegada do
produto aos postos. Portanto, o preço encontrado pelo consumidor nas bombas
reflete toda uma cadeia de produção inescapavelmente conectada às cadeias
globais de valor em que a Companhia está inserida”, informou à TRIBUNA DO
NORTE.
Por outro lado, A defasagem do preço da gasolina nas
refinarias da Petrobras atingiu, no último dia 12, o maior patamar deste ano,
ficando 21% abaixo do preço praticado no Golfo do México, onde estão
localizadas as refinarias norte-americanas, informou a Associação Brasileira
dos Importadores de Combustíveis (Abicom).
Além da alta do preço do petróleo no mercado
internacional, a valorização do dólar frente ao real tem elevado a defasagem de
preços no mercado interno.
Para alinhar os preços em relação ao mercado
internacional, a Petrobras poderia aumentar a gasolina em R$ 0,74 o litro,
segundo a entidade. No caso do diesel, a defasagem está em 12% nas refinarias
da estatal, possibilitando aumento de R$ 0,48 por litro. A Petrobras está há
178 dias sem reajustar a gasolina e há 111 dias sem alterar o preço do diesel.
Tribuna do Norte
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