Tribuna do Norte
Contextos de violência, vulnerabilidade social,
ausência de autonomia financeira e gargalos nas políticas públicas integram uma
estrutura que vitimiza e alimenta as estatísticas de assassinatos contra
mulheres. Em 10 anos, o Rio Grande teve a terceira menor taxa de redução de
homicídios contra esse público entre os 17 estados do país que apresentaram
queda no índice.
Em 10 estados, os números subiram A taxa de
assassinatos caiu 14,2% no Rio Grande do Norte, saindo de 4,4 para 3,8 crimes a
cada 100 mil habitantes, sendo maior apenas que a diminuição do Maranhão
(-6,3%) e Pernambuco (-11,5%). O índice está abaixo, ainda, da média nacional
de -19,7%. Os dados são referentes ao período de 2011 a 2021 e foram divulgados
na edição do Atlas da Violência 2023.
Na última semana, mais um caso de feminicídio foi
registrado no RN. A advogada Andreia Teixeira foi assassinada a tiros em Nova
Parnamirim. Lenivaldo César de Castro, seu namorado, também foi morto. O
suspeito, Emerson Carlos, cometeu suicídio na última sexta-feira após ser
cercado pela polícia.
De acordo com a família de Andreia, Emerson era
ex-companheiro da advogada e não aceitava o fim do relacionamento. “Minha mãe
se sentia ameaçada por ele. Ela já vinha conversando comigo. A gente estava
tentando estudar algum tipo de providência”, disse Ronald Teixeira, filho de
Andreia.
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