Jovem Pan
Pela primeira vez em dez anos o Brasil não está
entre os dez principais mercados estratégicos para CEOs investirem, de acordo
com levantamento feito pela PwC. O país ocupa a 14ª posição do ranking. Apesar
do otimismo crescente em relação às economias locais e globais, o Brasil não
conseguiu alcançar uma posição de destaque entre os mercados que são
prioridades das multinacionais.
Os Estados Unidos integram o topo da lista, seguidos
pela China, Alemanha, Reino Unido e Índia. A 27ª Pesquisa Global com CEOs
(Global CEO Survey), realizada pela PwC, foi apresentada nesta segunda-feira,
15, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.
Entre os motivos que influenciaram na posição do
país no ranking estão a mudança de foco das empresas para os mercados internos
e à atratividade dos retornos nos Estados Unidos. Além disso, as crises na
região, especialmente na Argentina, e as dificuldades de fazer negócios no
Brasil também influenciam. No Brasil, 36% dos executivos esperam aceleração nos
próximos 12 meses, enquanto 39% preveem desaceleração. Os CEOs têm uma visão
mais positiva em relação ao mercado brasileiro do que a média global, mas a
perspectiva em relação às empresas que dirigem é negativa, com 39% no mundo e
33% no Brasil acreditando que estas serão economicamente inviáveis em dez anos.
A mudança tecnológica é considerada a de maior
impacto, e os executivos esperam maior produtividade com os novos modelos de
inteligência artificial. No entanto, apenas 1 em cada 3 empresas participantes
adotaram esses modelos. A pressão das mudanças climáticas também traz efeitos,
e 41% dos CEOs afirmam aceitar retorno menor por investimentos pró-ambiente. No
Brasil, esse número é de 29%. Apesar da disposição global para priorizar os
negócios verdes, o abismo digital e a defasagem educacional podem tornar o
cenário desfavorável ao país.

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