Estadão
A Apple lançou oficialmente nesta terça-feira, 23,
um novo recurso anti-roubo para o iPhone, com a promessa de dificultar que
bandidos acessem informações sigilosas no celular. Parte do pacote de atualização
da versão 17.3 do iOS, o recurso foi visto pela primeira vez em dezembro de
2023 e já pode ser acessado por usuários do Brasil e do restante do mundo.
Chamado de “Proteção contra roubo de dispositivos”,
o recurso obriga a utilização de desbloqueio biométrico (facial ou de dedo) em
operações consideradas críticas pela Apple quando o usuário estiver longe de
casa. Para utilizá-la, o usuário vai ter que ativar a funcionalidade
manualmente quando estiver disponível.
Atualmente, quando a autenticação biométrica falha
(seja para desbloquear a tela, seja para operações financeiras, por exemplo), o
iPhone pede que o usuário digite a senha numérica ou alfanumérica do aparelho
como alternativa — o que facilita a situação para bandidos, que podem exigir
esse código à vítima durante o crime.
“Conforme as ameaças aos dispositivos de usuários
continuam evoluindo, nós trabalhamos incansavelmente para desenvolver novas proteções
para nossos usuários e suas informações”, disse a Apple em comunicado. “Nos
raros casos em que um ladrão observa o usuário digitar a senha e então rouba o
dispositivo, nosso recurso adiciona uma nova camada de proteção.”
A ideia da Apple é impedir que algumas funções
possam ser alteradas na rua e sem o rosto ou dedo do usuário. No recurso,
passam a ser obrigatórias a utilização de autenticação pelo Face ID (facial) ou
Touch ID (dedo) para as seguintes tarefas, sem a possiblidade de utilização de
senha numérica ou alfanumérica como alternativa.
Veja a lista dos recursos que vão ser
obrigados a serem desbloqueados com biometria:
Ver ou usar senhas salvas no dispositivo (iCloud
Keychain);
Cadastrar novo cartão Apple Card;
Ver um cartão virtual da Apple;
Desligar o Modo Perdido;
Apagar conteúdos e configurações;
Fazer alterações nas contas Apple Cash na Carteira;
Usar métodos de pagamentos armazenados no navegador Safari;
Usar seu iPhone para configurar um novo dispositivo;
Além disso, a Apple criou uma segunda camada de segurança para algumas
operações consideradas ainda mais importantes no aparelho. Para realizar
alterações nesse grupo, o usuário vai ter de passar pela autenticação
biométrica e esperar uma hora até que consiga realizar a mudança desejada.
Abaixo, veja a lista do que ganhou a
camada adicional de sessenta minutos de segurança:
Mudar a senha do Apple ID;
Atualizar configurações de segurança do Apple ID (o que inclui a opção de
adicionar ou remover um dispositivo da família, adicionar ou remover um
telefone de confiança, alterar a chave de recuperação e mudar o contato de
confiança);
Mudar a senha numérica ou alfanumérica do iPhone;
Adicionar ou remover o Face ID ou Touch ID;
Desligar o aplicativo Buscar;
Desligar o recurso de proteção contra dispositivo roubado;
Essa atualização acontece após uma onda de roubos no
Brasil e Estados Unidos, onde usuários viram seus iPhones serem furtados ou
roubados com a tela desbloqueada e, com isso, perderam acesso remoto ao
aparelho após bandidos realizarem alterações nas configurações críticas do
aparelho.

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