*com informações do Agora RN
A revisão dos cadastros realizada pelo governo
federal entre os meses de março e dezembro de 2023 resultou no corte de 183.951
benefícios do Bolsa Família no Rio Grande do Norte, sendo parte dos 8,4 milhões
de famílias afetadas em todo o país.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento e
Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), os cortes foram efetuados
em cadastros que apresentavam inconsistência nas informações, visando corrigir
distorções dessas matrículas no Cadastro Único (Cadúnico), que serve de porta
de entrada para vários benefícios concedidos pelo governo federal.
O Brasil conta com 21 milhões de famílias
beneficiárias, com 9,4 milhões no Nordeste e 6,2 milhões no Sudeste. Do total,
8.423.205 famílias tiveram o Bolsa Família suspenso, sendo as regiões Nordeste
(3.762.332) e Sudeste (3.023.165) as mais afetadas, segundo dados obtidos pelo
portal Metrópoles através da Lei de Acesso à Informação.
No Nordeste, o Rio Grande do Norte teve o menor
número de cortes, com 183.951 benefícios suspensos, seguido pelos estados da
Bahia (1.091.646), Pernambuco (733.182), Ceará (547.291), Maranhão (342.583),
Paraíba (253.897), Piauí (220.506), Alagoas (201.515) e Sergipe (187.761).
A Controladoria Geral da União (CGU) emitiu um
relatório que identificou irregularidades no Auxílio Brasil, antigo Bolsa
Família durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. A análise dos
cadastros começou em março de 2023, já durante o terceiro governo Lula. Entre
as principais inconsistências identificadas pela CGU está o aumento de famílias
de uma única pessoa, que cresceu 55%, passando de 15 milhões para 22 milhões
entre outubro de 2021 e dezembro de 2022. Dos 8,4 milhões de benefícios
cortados, 7,1 milhões eram de famílias unipessoais.

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