Pacientes com depressão resistente
ao tratamento podem ser voluntários de pesquisa que investiga a cetamina como
um tratamento alternativo para a doença.
O estudo é realizado na UFRN pelo Departamento de
Fisiologia e Comportamento (DFS) do Centro de Biociências (CB), pelo Instituto
do Cérebro (ICe) e pelo Departamento de Psiquiatria do Hospital Universitário
Onofre Lopes (Huol).
Para participar, basta enviar um e-mail para
cetaminaufrn@gmail.com demonstrando interesse, e serão enviadas as instruções
sobre a pesquisa com voluntários envolvendo a depressão
O que é depressão
A depressão é
um distúrbio afetivo que acompanha a humanidade ao longo de sua história. No
sentido patológico, há presença de tristeza, pessimismo, baixa auto-estima, que
aparecem com freqüência e podem combinar-se entre si. É imprescindível o
acompanhamento médico tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento
adequado.
Sintomas da depressão:
• humor depressivo ou
irritabilidade, ansiedade e angústia;
• desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas;
• diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades
anteriormente consideradas agradáveis;
• desinteresse, falta de motivação e apatia;
• falta de vontade e indecisão;
• sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero, desamparo e vazio;
• pessimismo, idéias freqüentes e desproporcionais de culpa, baixa auto-estima,
sensação de falta de sentido na vida, inutilidade, ruína, fracasso, doença ou
morte. A pessoa pode desejar morrer, planejar uma forma de morrer ou tentar
suicídio;
• interpretação distorcida e negativa da realidade: tudo é visto sob a ótica
depressiva, um tom “cinzento” para si, os outros e seu mundo;
• dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento;
• diminuição do desempenho sexual (pode até manter atividade sexual, mas sem a
conotação prazerosa habitual) e da libido;
• perda ou aumento do apetite e do peso;
• insônia (dificuldade de conciliar o sono, múltiplos despertares ou sensação
de sono muito superficial), despertar matinal precoce (geralmente duas horas
antes do horário habitual) ou, menos freqüentemente, aumento do sono (dorme
demais e mesmo assim fica com sono a maior parte do tempo);
• dores e outros sintomas físicos não justificados por problemas médicos, como
dores de barriga, má digestão, azia, diarréia, constipação, flatulência, tensão
na nuca e nos ombros, dor de cabeça ou no corpo, sensação de corpo pesado ou de
pressão no peito, entre outros.
Causas:
A depressão é uma doença. Há uma série de evidências
que mostram alterações químicas no cérebro do indivíduo deprimido,
principalmente com relação aos neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e,
em menor proporção, dopamina), substâncias que transmitem impulsos nervosos
entre as células. Outros processos que ocorrem dentro das células nervosas
também estão envolvidos. Ao contrário do que normalmente se pensa, os fatores
psicológicos e sociais muitas vezes são conseqüência e não causa da depressão.
Vale ressaltar que o estresse pode precipitar a depressão em pessoas com
predisposição, que provavelmente é genética. A prevalência (número de casos numa
população) da depressão é estimada em 19%, o que significa que aproximadamente
uma em cada cinco pessoas no mundo apresentam o problema em algum momento da
vida.
Tratamento:
O tratamento da depressão é essencialmente
medicamentoso. Existem mais de 30 antidepressivos disponíveis. Ao contrário do
que alguns temem, essas medicações não são como drogas, que deixam a pessoa
eufórica e provocam vício. A terapia é simples e, de modo geral, não incapacita
ou entorpece o paciente. Alguns pacientes precisam de tratamento de manutenção
ou preventivo, que pode levar anos ou a vida inteira, para evitar o
aparecimento de novos episódios. A psicoterapia ajuda o paciente, mas não
previne novos episódios, nem cura a depressão. A técnica auxilia na
reestruturação psicológica do indivíduo, além de aumentar sua compreensão sobre
o processo de depressão e na resolução de conflitos, o que diminui o impacto
provocado pelo estresse.

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