Entidades que representam a classe produtiva do Rio
Grande do Norte entraram com um pedido de liminar na Justiça para impedir o
reajuste do ICMS que começou a valer neste sábado 1º. A ação foi impetrada na
noite desta sexta-feira 31.
As entidades alegam que a Lei Estadual nº 11.314
aprovada no final do ano passado, que prevê a elevação da alíquota modal do
ICMS de 18% para 20%, é inconstitucional e ilegal. Por essa razão, pedem que a
Justiça declare nulos eventuais lançamentos do ICMS realizados com a nova
alíquota majorada.
A ação é assinada pela Federação do Comércio de
Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do Norte (Fecomercio/RN), Federação da
Agricultura, Pecuária e Pesca do RN (Faern), Sindicato Intermunicipal do
Comércio Varejista do Estado do Rio Grande do Norte (Sindilojas RN), Sindicato
do Comércio Varejista de Mossoró (Sindilojas Mossoró), Câmara de Dirigentes e
Lojistas de Mossoró (CDL Mossoró), Associação dos Empresários do Bairro do
Alecrim, Associação Viva o Centro de Natal (AVICEN) e Câmara dos Dirigentes
Lojistas de Natal (CDL Natal).
Os empresários entendem que o governo não pode realizar
a alteração no tributo, uma vez que a lei prevê que a nova alíquota não seja
aplicada caso o Governo Federal realize uma compensação financeira para os
estados em razão das perdas tributárias amargadas pelos entes federativos.
A compensação aos estados foi anunciada no último
dia 10 de março pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Conforme o acordo, o
Rio Grande do Norte vai receber R$ 277 milhões pelas perdas de 2022. O valor,
no entanto, é considerado insuficiente pelo governo, que alega que o montante
não cobre a queda nas receitas durante o período.
Diante do impasse, o governo anunciou nesta
sexta-feira 31 que o reajuste será “rediscutido” assim que for homologado no
Supremo Tribunal Federal (STF) o acordo entre Governo Federal e os estados para
compensação pelas perdas de arrecadação.
Ao AGORA RN, o secretário estadual de Tributação,
Carlos Eduardo Xavier, afirmou que o acordo de compensação foi protocolado
nesta sexta-feira 31 no STF com anuência de todos os estados. A homologação
está prevista para os próximos dias. O relator do processo no STF é o ministro
Gilmar Mendes.

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