O governo do Rio Grande do Norte confirmou o aumento
da alíquota básica do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
(ICMS), de 18% para 20%, a partir do próximo sábado (1º).
Um decreto estabelecendo a data para vigor dos novos
percentuais foi publicado no último sábado (25) no Diário Oficial do Estado.
O texto assinado pela governadora Fátima Bezerra e
pelo secretário de Tributação do RN, Carlos Eduardo Xavier estabelece alíquota
de 20% a partir de 1º de abril até 31 de dezembro de 2023.
Isso significa que, no período, as empresas pagarão
imposto de pelo menos 20% sobre todos os produtos e serviços vendidos no
estado. O motorista de um veículo que colocar R$ 100 de gasolina no tanque do
carro, por exemplo, pagará R$ 20 de imposto e não os atuais R$ 18. Alguns
produtos podem ser taxados com alíquotas ainda maiores.
No entanto, segundo o decreto, o imposto será de 7%
para produtos da cesta básica, como arroz, feijão, fava, café torrado e moído,
flocos e fubá de milho, óleo de soja e de algodão, margarina, pão francês e
frango inteiro natural, congelado ou resfriado.
Segundo o decreto, a alíquota básica volta a ser de
18% a partir de 1º de janeiro de 2024.
O aumento da alíquota do ICMS foi aprovado por meio
de lei na Assembleia Legislativa, sancionada
em dezembro de 2022, como alternativa do governo à redução da arrecadação
de impostos com combustíveis, por exemplo.
Uma lei
federal aprovada na gestão do então presidente Jair Bolsonaro (PL) havia
limitado a incidência do ICMS em produtos considerados essenciais e passou a
estabelecer combustíveis, energia e gás nesse rol.
Segundo o governo do estado, entre agosto e dezembro
do ano passado, o RN registrou uma perda de receita de R$ 440 milhões.
Para conseguir aprovar o reajuste na Assembleia, em
dezembro, o governo havia se comprometido a não realizar o aumento caso fosse
compensado das perdas pela União. Um acordo anunciado no dia 10 de março prevê
que o Rio
Grande do Norte vai receber R$ 250 milhões do governo federal.
Na ocasião, o governo estadual afirmou que o
montante representa cerca de 60% das perdas e os recursos a serem liberados
deverão servir, prioritariamente, para quitar dividas que o estado contraiu com
a União e as que foram adquiridas com o aval do Tesouro Nacional. Por isso,
segundo o titular da SET-RN, ainda não era possível uma definição sobre a
revogação do aumento de 18% para 20%.

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