O Antagonista
O Palácio do Planalto tem ameaçado não pagar emendas
individuais a parlamentares de primeiro mandato caso eles não retirem o
apoio ao pedido de CPMI dos atos de 8 de janeiro, protocolado
na semana passada por integrantes da oposição.
Na semana passada, registramos
que parlamentares governistas vinham trabalhando a todo o vapor para esvaziar a
investigação. A CPMI hoje tem o apoio de 186 deputados federais e 33
senadores.
Conforme apurou este site, o governo federal tem
dito a deputados que somente vai pagar cerca de R$ 13 milhões em emendas
individuais em 2023 aos parlamentares que não endossarem a
investigação.
Na semana passada, interlocutores do governo
federal procuraram alguns parlamentares que assinaram o pedido de CPMI e
afirmaram que somente vão garantir o pagamento das emendas no final do ano,
caso eles demonstrem “provas de fidelidade” ao governo
federal. Uma das provas é a retirada de assinaturas da CPMI.
O Antagonista apurou
que o assédio ocorreu, principalmente, aos parlamentares de MDB e União Brasil
– partidos que comandam estruturas do governo federal.
Em 2023, o governo federal prometeu reservar em
torno de R$ 3 bilhões para os 219 parlamentares de primeiro mandato.
A ideia é liberar emendas “extras” a
esses parlamentares. Eles teriam direito a destinar recursos que já estão
previstos no Orçamento como verba discricionária (RP-2) dos ministérios. Como
mostramos, esse mecanismo foi uma forma de substituir as emendas de
relator-geral, proibidas pelo STF.

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