Com informações da Jovem Pan News e
Conteúdo Estadão.
A compensação das perdas estaduais devido às
mudanças na cobrança do ICMS dos combustíveis voltará a ser um tema durante
reunião do fórum dos governadores nesta segunda-feira, (6), de acordo com o
governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB).
Em entrevista à Globonews, o dirigente estadual
defendeu que a compensação – referente a agosto à dezembro de 2022 – precisa
ser feita, mas que seus pares ainda não conseguiram fechar um acordo com
relação ao tema. “Não conseguimos fechar um acordo porque alguns Estados já
conseguiram compensar as suas perdas deixando de pagar dívidas por decisões
liminares do Supremo Tribunal Federal“, disse Casagrande.
Segundo ele, este fato tem impedido o avanço nas
negociações com o Executivo, e a reunião desta segunda será mais um tentativa
de destravar as negociações. Na entrevista, porém, o governador não deixou de
elogiar o trabalho do Executivo, e a atuação dos ministros da Economia,
Fernando Haddad, da Casa Civil, Rui Costa, e das Relações Institucionais, Alexandre
Padilha no avanço do tema.
Para o dirigente, nesta gestão, o diálogo entre
Planalto e os Estados tem sido “muito próximo”, o que tem facilitado as coisas.
Casagrande também fez questão de destacar que as
Leis Complementares (LCs) n.º 192 e n.º 194, de 2022, que impactaram a
arrecadação dos Estados, foram o “fruto negativo da ausência de diálogo” da
gestão anterior, apesar de não citar em nenhum momento o ex-presidente Jair
Bolsonaro (PL).
Sobre a Reforma Tributária, o governador defendeu um
texto que não onere os Estados, para que a proposta possa avançar. “A gente não
pode ter nenhuma medida a mais que faça uma imposição de aumento de receita, ou
de porte de algum tributo sem uma combinação prévia com os gestores estaduais.
Nós também sabemos que a gente vai ter que aprofundar (nossa relação) com o
governo federal para a gente votar uma matéria como a Reforma Tributária que
não impacte negativamente os Estados do País”, disse.
Avaliando existir um bom cenário para avançar um dos
textos que atualmente tramitam no Congresso, Casagrande avaliou que o governo
federal gostaria de ver a PEC da Câmara – que substitui cinco tributos (PIS, Cofins,
IPI, ICMS e ISS) por um Imposto sobre Bens e Serviços e um Imposto Seletivo
sobre cigarros e bebidas alcoólicas -, fosse aprovada, mas que o que deve
acontecer é que se avance uma mistura da PEC 45/2019 (Câmara) e da PEC 110/2019
(Senado).

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