Com informações do UOL
Em 2022, 495 mulheres foram vítimas de feminicídio
no Brasil. Do total de crimes, 75% foram causados por companheiros e
ex-companheiros, tendo como motivação brigas e términos de relacionamento. Os
dados são do terceiro relatório "Elas Vivem: dados que não se
calam", elaborado pela Rede de Observatórios da Segurança, lançado nesta
semana.
Ao todo, o levantamento identificou casos de
feminicídio em sete estados brasileiros, dentre os quais São Paulo aparece
liderando o número de casos com 109 registros do crime. Na sequência,
aparecem Rio de Janeiro (103), Bahia (91), Pernambuco (59),
Maranhão (57), Piauí (48) e Ceará (28).
De acordo com a pesquisadora Larissa Neves, da Rede
de Observatórios da Segurança, em entrevista ao UOL, o cenário pode ser
explicado por fatores como acesso facilitado a armas e armamentos; violência
política durante as eleições e em todo o ano passado; crise econômica e falta
de medidas de prevenção efetivas. Ela destaca, ainda, o papel do "desmonte
nas políticas públicas no país" durante o governo de Jair Bolsonaro para o
agravamento do número de casos.
Na ótica de Neves, uma das medidas urgentes a serem
tomadas para combater o feminicídio e a violência contra a mulher é aumentar a
proteção judicial das mulheres que conseguem chegar até as delegacias e casas
de acolhimentos. O feminicídio, vale lembrar, é o termo usado para denominar
assassinatos de mulheres cometidos em razão do gênero. No Brasil, a Lei do
Feminicídio, de 2015, estabelece que, quando o homicídio é cometido contra uma
mulher, a pena é maior.
A violência contra a mulher, por sua vez, inclui
tentativa de feminicídio/agressão física; feminicídio; homicídio; violência
sexual/estupro; tortura/cárcere privado/sequestro; agressão verbal/ameaça;
tentativa de homicídio; transfeminicídio, bala perdida e outros. O levantamento
identificou 2.423 casos desse crime distribuídos na Bahia, Ceará, Pernambuco,
São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão e Piauí.

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