R7
A ministra Maria Claudia Bucchianeri,
do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), negou um pedido de Geraldo
Alckmin para que sejam removidos da campanha do presidente Jair Bolsonaro
(PL), no horário eleitoral, vídeos gravados em 2018. Alckmin contestou o uso de
declarações dadas por ele há quatro anos, entre elas acusações contra o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu atual companheiro de chapa.
Alckmin afirmou que os vídeos foram tirados de
contexto, já que as declarações usadas foram feitas por ele na campanha
anterior, quando era oponente de Lula na corrida eleitoral à Presidência da
República.
Os trechos usados pela campanha de Bolsonaro
reproduzem críticas ao petista. “Depois de ter quebrado o Brasil, Lula diz que
quer voltar ao poder. Ele quer voltar à cena do crime”, diz Alckmin em um dos
trechos usados.
Em outro vídeo, Lula é acusado de corrupção. “Está
também em suas mãos evitar que a corrupção e a roubalheira voltem a comandar o
país.” Em seguida, a mensagem eleitoral finaliza: “Se até o vice do Lula pensa
assim, como é que eu vou confiar nele?”.
Para a ministra Bucchianeri, não existe
irregularidade eleitoral no uso de vídeos, mesmo que sejam de períodos
anteriores, pois eles reproduzem determinada realidade. Ela cita uma decisão da
ministra Rosa Weber, do STF (Supremo Tribunal Federal), que avaliou que “o
vídeo revela o retrato de um instante sem que esse instante, todavia, assim
retratado, implique distorção da realidade”.
A decisão da magistrada é temporária e vale até que
o caso seja julgado pelo plenário da Corte.

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