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Depois de muitos meses de inflação crescente, o
preço da cesta básica em Natal caiu 1,16% com relação a julho, segundo apontou
o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Entre julho e agosto, as reduções mais expressivas ocorreram em Recife (-3,00%),
Fortaleza (-2,26%), Belo Horizonte (-2,13%) e Brasília (-2,08%).
Na realidade, em quase todos as capitais houve
redução no preço da cesta básica. A única exceção foi em Bele, que teve alta de
0,27%. No ranking dos menores preços, a capital potiguar ocupou a 4a posição
entre as 17 capitais pesquisadas pelo DIEESE, atingindo o valor de R$
580,74.
Quando comparado com agosto de 2021, a cesta teve
elevação de 14,31%. Na variação acumulada ao longo do ano, o aumento foi de
9,67%. Em agosto, entre os 12 produtos que compõem a cesta básica, seis tiveram
aumento nos preços médios na comparação com o mês anterior: banana (9,76%),
leite integral (6,36%), manteiga (3,42%), açúcar refinado (1,69%), pão francês
(1,62%) e farinha de mandioca (1,36%).
Outros seis itens apresentaram redução:
tomate (-22,14%), óleo de soja (-7,55%), feijão carioca (-1,25%), carne bovina
de primeira (-0,76%), arroz agulhinha (-0,40%) e café em pó (-0,10%).
No acumulado dos últimos 12 meses, foram registradas
elevações em dez dos doze produtos da cesta: leite integral (61,22%), café em
pó (44,71%), banana (27,38%), feijão carioca (25,94%), açúcar refinado
(24,68%), farinha de mandioca (22,63%), pão francês (17,63%), manteiga
(17,02%), óleo de soja (16,36%) e carne bovina de primeira (6,55%).
Apenas o tomate (-9,39%) e o arroz agulhinha
(-7,93%) acumularam taxas negativas. Em agosto, o trabalhador de Natal,
remunerado pelo salário mínimo de R$ 1.212,00, precisou trabalhar 105 horas e
25 minutos para adquirir a cesta básica. Em julho de 2022, o tempo de trabalho
necessário foi de 106 horas e 40 minutos; e, em agosto de
2021, de 101 horas e 37 minutos.
Considerando o salário mínimo líquido, em agosto de
2022, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, o trabalhador natalense
precisou comprometer 51,80% da remuneração para adquirir os produtos da cesta
básica, que é suficiente para alimentar um adulto durante um mês. Em julho de
2022, o percentual foi de 52,41%; e, em agosto de
2021, ficou em 49,78%.
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