O Antagonista
Em discurso a apoiadores na Esplanada dos Ministérios, durante os atos de
7 de Setembro, Jair Bolsonaro intensificou os ataques ao PT e ao ex-presidente
Lula, agradeceu pela “segunda vida” – em referência à facada de 2018 – e
ainda fez acenos às mulheres por meio da primeira-dama Michelle
Bolsonaro.
Durante discurso de aproximadamente 15 minutos, o presidente da República
evitou ataques diretos ao STF, mas ressaltou que, em caso de reeleição,
pretende trazer “para as quatro linhas todos aqueles que ousem ficar
fora delas”.
Em um tom eleitoreiro, Jair Bolsonaro reforçou as diferenças entre as
gestões do PT e os seus primeiros anos de governo, com foco principal
na chamada pauta de costumes.
“Somos uma pátria majoritariamente cristã que não quer a liberação das
drogas, a liberação do aborto, a ideologia de gênero, um país que defende a
vida desde a sua concepção e que combate a corrupção para valer. Isso não é
virtude, é obrigação de qualquer chefe do Executivo”, disse Bolsonaro.
Em um dos momentos de maiores ataques ao PT, Jair Bolsonaro relembrou a
frase dita por Geraldo Alckmin, em 2017, durante as convenções tucanas
em referência ao ex-presidente Lula. Na época. o hoje vice lulista
defendeu uma união de forças para que o “PT não voltasse à cena do
crime”.
“Sabemos que temos pela frente uma luta do bem contra o mal. O mal que
perdurou por 14 anos em nosso país, que quase quebrou a nossa pátria e que
agora deseja voltar à cena do crime. Não voltarão, o povo está do nosso lado,
povo está do lado do bem. O povo sabe o que quer”, declarou, em referência ao ex-presidente Lula.
Aconselhado por aliados, Bolsonaro não repetiu, ao menos em Brasília, o
tom duro dos discursos de 7 de Setembro de 2021, quando chamou o ministro
Alexandre de Moraes de “canalha” e afirmou que não iria mais respeitar as
decisões do magistrado.
Sem citar nominalmente o STF, o presidente da República disse
apenas que, caso reeleito, pretende fazer com que todos os atores políticos
joguem dentro das quatro linhas da Constituição.
“É obrigação de todos jogarem dentro das quatro linhas da constituição.
Com a minha reeleição, nós traremos para as quatro linhas todos aqueles que
ousam ficar fora dela”, disse
o presidente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário