Em maio de 2020 (já no governo do presidente Jair
Bolsonaro), o salário mínimo no Brasil atingiu o melhor poder de compra para os
três combustíveis automotivos mais usados no país (etanol, gasolina comum e
diesel) desde janeiro de 2003, quando o ex-presidente Lula chegou à presidência.
As dimensões de poder de compra aparecem em um
levantamento realizado por Oeste. A pesquisa cruzou os preços
médios mensais registrados pela Agência Nacional de Petróleo para esses
combustíveis automotivos com os valores fixados para o salário mínimo em cada
período.
Em maio de 2020, o salário mínimo estava fixado em
R$ 1.045. Essa quantia equivalia a cerca de 410 litros de etanol, 274 litros de
gasolina comum, ou 244 litros de diesel.
O pior resultado ocorreu durante o governo do
petista, em 2003. O salário mínimo, fixado em R$ 200 nos primeiros meses da
presidência de Lula, foi capaz de comprar, naquele ano, 126 litros de etanol em
março, 90 litros de gasolina comum em fevereiro, ou 130 litros de diesel em
fevereiro.
Contudo, o poder de compra tornou a baixar. Os
preços foram pressionados no decorrer da pandemia por covid-19, marcada pela
manutenção de medidas restritivas, e a recente crise causada pela invasão da
Ucrânia pela Rússia. Porém, mesmo com essas turbulências, os resultados não são
piores que os desempenhos mais fracos registrados no governo Lula.
O salário mínimo, fixado atualmente em R$ 1.212,
conseguiu comprar, entre 6 e 12 de março de 2022, 261 litros de etanol, 181
litros de gasolina comum, ou 208 litros de diesel.
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