A decisão dos diretórios nacionais do MDB, PSDB e
União Brasil de lançar juntos candidatura única à presidência da República, no
dia 1º de junho, deu mais força para se consolidar a formação da chapa
majoritária PSDB-MDB para concorrer ao governo do Estado, tendo, na composição,
o presidente estadual dos tucanos e presidente da Assembleia Legislativa do Rio
Grande do Norte (ALRN), deputado Ezequiel Ferreira, como candidato a
governador, e o deputado federal Walter Alves, a vice-governador.
Este seria o cenário perfeito para a oposição, pois
Ezequiel tem se configurado como excelente nome para se contrapor à reeleição
da governadora Fátima Bezerra (PT). Além disso, é o preferido do prefeito de
Natal e colega de partido, Álvaro Dias, e do ministro do Desenvolvimento
Regional Rogério Marinho (PL), pré-candidato ao Senado.
Conforme já adiantou a coluna Últimas da Política,
uma articulação já garante a união do PSDB de Ezequiel, o MDB de Walter e
Garibaldi, além do União Brasil, que terá o presidente da Câmara Municipal do
Natal, Paulinho Freire. O tripé tem acesso à maioria dos interiores do Estado e
na Capital.
Ezequiel e Walter têm, juntos, mais de 70 prefeitos.
Freire tem trânsito livre no Legislativo da capital e conta com a maioria dos
vereadores. Os partidos devem formalizar nominatas fortes para eleição
proporcional, visando fortalecer o projeto majoritário que se desenha com
Ezequiel- -Walter. São imprescindíveis ter apoios do litoral ao sertão.
Ezequiel já admitiu que articula a entrada de outros
deputados na sigla. “Temos a maior bancada hoje. Mas, o PSDB vai ampliar.
Estamos em conversas com outros deputados e faremos a maior nominata para a
Assembleia. Serão 25 nomes de peso”, frisou, em entrevista recente para o AGORA
RN. Walter também já sinalizou que esteve conversando com diversas lideranças
políticas, inclusive com o prefeito Álvaro Dias.
Afinado
Em entrevista à TV Ponta Negra, o ex-senador
Garibaldi Alves Filho (MDB), pré-candidato a deputado federal, disse que
gostaria de ver eleito um presidente que fosse alternativa ao ex-presidente
Lula (PT) e ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Eu gostaria – mas, infelizmente, posso não estar
falando pela maioria do povo brasileiro – que nós tivéssemos uma terceira via
para escolher o próximo presidente. (Alguém) que tivesse um novo projeto e que
nos deixasse longe dessa refrega partidária que está realmente deixando o povo
numa dúvida muito grande”, enfatizou.
Ele está afinado com o presidente nacional do MDB,
deputado federal Baleia Rossi, que afirmou: “Tive mais uma conversa com os
presidentes Luciano Bivar (União Brasil) e Bruno Araújo (PSDB). A partir de abril,
devemos estudar critérios de escolha de um nome único ao Planalto”.
Os presidentes dos três partidos decidiram firmar
uma aliança específica para as eleições deste ano no lugar de uma federação,
que duraria quatro anos. O acordo se estende ao Cidadania, já que o partido
será federado com o PSDB.
No Rio Grande do Norte, além de conversas com o
PSDB, o MDB também dialoga com o PT. O próprio ex-presidente Lula cogitou a
união PT/MDB, segundo fontes do PT nacional, a ideia inicial de Lula era ter
Garibaldi Alves como candidato a senador na chapa de Fátima Bezerra. Como
Garibaldi refutou a oferta, ainda ventilou-se a ideia de que Walter Alves
poderia compor com a governadora.
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