Folhapress
Com a derrocada das negociações por uma federação
com o PT, o PSB pode ver até 10 dos seus 30 deputados irem para outras
legendas.
É o caso de Júlio Delgado (MG), que analisa a
possibilidade de sair após 13 anos de partido. Ele disse que iria para o seu
estado neste final de semana avaliar a situação da sua candidatura.
Liziane Bayer (RS) é outra que aguarda as
composições nos estados para definir para qual legenda irá. Marcelo Nilo (BA)
anunciou a desfiliação. Jefferson Campos (SP), também de saída, disse que não
cogita “em hipótese alguma” ir para um partido de esquerda.
Esses deputados contavam com a formação da federação
para formar suas alianças. Alguns podem migrar para o PV, que fechou a
federação com o PT, como forma de garantir a presença nesse guarda-chuva. Mas
por conta das especificidades locais de cada candidatura, os deputados afirmam
que dificilmente haverá uma saída em bloco para uma mesma legenda.
Parlamentares que ficarão afirmam que a cúpula do
partido tem tentado ajudar caso a caso para ajudar na formação das chapas e com
fornecimento de recursos. Alguns já deveriam sair, com ou sem federação. Mas a
debandada não mudará a posição do PSB sobre a federação. Um deputado disse que
o partido não quer abrir mão da sua autonomia e virar uma “tendência dentro do
PT”, fazendo alusão às correntes internas da legenda.
Depois de cerca de quatro meses de negociações, PT,
PC do B e PV decidiram formar uma federação partidária.
O PSB, que negociava até então com as siglas, optou
por ficar de fora da união de partidos, pelo menos por enquanto.
A federação prevê que as siglas ficarão unidas ao
longo de quatro anos em âmbito nacional, estadual e municipal.
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