Fonte: UOL
O ex-ministro da Justiça Sergio
Moro (Podemos) disse hoje (20) em São Paulo não ter se arrependido de
participar do governo Jair Bolsonaro (sem partido). Tratado como
celebridade no congresso do MBL (Movimento Brasil Livre), ele disse ter
acreditado em uma "chance de dar certo", mas que o governo fez o
"exato oposto" do combate à corrupção.
Moro comandou a pasta da Justiça e Segurança
Pública de Bolsonaro de janeiro de 2019 a abril de 2020, quando saiu após
acusar o presidente de interferir na PF (Polícia Federal).
"Eu não me arrependo [de ter integrado o
governo]. Em 2018, tínhamos um momento de muita expectativa. O presidente
eleito, a gente sabe que era uma pessoa controvertida, mas havia muita gente
que pensava que poderia dar certo."
Moro disse que, à época, não via a posição de
Bolsonaro com maus olhos, mas que depois parou de confiar no presidente.
"Muita gente me disse: que alívio que
você está indo [para o governo], para ser contrário aos impulsos do presidente
eleito. Claro que, vendo o que aconteceu, talvez não tivesse tomado essa
decisão", disse o ex-ministro.
Moro deixou o governo em abril de 2020 após
acusar Bolsonaro de interferir na PF durante a investigação dos supostos
esquemas de "rachadinha" envolvendo o senador Flávio
Bolsonaro (Patriota-RJ), seu filho mais velho.
"Mas eu não tinha essas informações em
2018, então eu encarei. Quando, no decorrer, [...] eu vi que um governo eleito
para combater a corrupção fez o exato oposto, eu saí", justificou Moro.
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