Poder 360
Pesquisadores da UFSCar
(Universidade Federal de São Carlos) patentearam um novo teste para detecção do
novo coronavírus (Sars-CoV-2) por meio da saliva. Além de detectar a presença
do vírus, o novo teste também indica a carga viral da pessoa infectada.
A tecnologia usada para
detectar o vírus envolve um marcador com propriedade eletroquimioluminescente
(que emite luz a partir de reações eletroquímicas). Dessa forma, na presença do
material genético do patógeno, ocorre uma reação que emite luz vermelha, indicando
o resultado positivo para a covid.
A intensidade da luz
vermelha é proporcional à carga viral presente na amostra. Caso o aparelho não
acenda, é sinal de que o vírus não foi detectado e, portanto, a pessoa não está
infectada.
O dispositivo portátil tem
a mesma precisão do exame de RT-PCR, considerado padrão-ouro para diagnóstico
da covid, e permite analisar até 20 amostras simultaneamente.
O dispositivo poder ser
acoplado a um smartphone, permitindo que o processo de amostragem e
testagem seja concluído sem a necessidade de profissional especializado. O
projeto teve apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado
de São Paulo), do Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior) e do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico).
“Quanto maior a variedade
de testes de baixo custo capazes de detectar com precisão o novo coronavírus,
melhor. Cada modelo se adapta a uma situação: lugares remotos, centros de
análises clínicas ou uso individual”, diz Ronaldo Censi
Faria, pesquisador do Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia da UFSCar e
coordenador do projeto.
A chegada do teste ao
mercado depende, agora, de interesse de empresas pelo licenciamento da patente
e produção do dispositivo em larga escala.
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