O Instituto de Medicina Tropical (IMT) da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) confirmou neste sábado (20) que novas
variantes do coronavírus estão circulando no Rio Grande do Norte. A pesquisa
foi realizada por meio do sequenciamento genético e está analisando 91 amostras
do SARS-CoV-2, provenientes do Rio Grande do Norte e da Paraíba.
De acordo com o IMT, com
materiais genéticos coletados nos meses de dezembro de 2020 e janeiro e
fevereiro de 2021, foi possível identificar a linhagem P1, que foi inicialmente
encontrada em Manaus, além da linhagem P2, descrita no Rio de Janeiro e que está
se disseminando pelo Brasil.
A diretora do IMT-UFRN, Selma Jerônimo, conta que
as amostras foram coletadas em dezembro de 2020 e as variantes vêm circulando
no Nordeste desde esse período, o que mostra a importância da manutenção da
vigilância. Como as novas mutações do vírus estão associadas a uma possível
maior dispersão, ela também reforça a importância das medidas de
prevenção, como distanciamento social, higiene das mãos e uso de máscaras.
A pesquisa foi financiada pelo Ministério da Ciência,
Tecnologia e Inovações (MCTI) e pelo Ministério da Educação (MEC), com a
colaboração de pesquisadores do Laboratório de Bioinformática do Laboratório
Nacional de Computação Científica (LNCC-MCTI), Ana Tereza Vasconcelos; do
IMT-UFRN, Selma Jerônimo e Francisco Freire; do Departamento de Biologia
Celular e Genética (DBG-UFRN), Lucymara Fassarella Agnez Lima e Katia Castanho
Scortecci; além do Laboratório de Biologia Molecular da Universidade Federal da
Paraíba (UFPB).
Selma Jerônimo também alertou sobre o "aumento
importante" na quantidade de testes positivos para Covid-19 desde dezembro
de 2020, chegando a 64% de exames positivos realizados pela unidade em
fevereiro de 2021.
Sesap faz alerta
A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap)
recebeu a confirmação sobre a circulação das novas linhagens do SARS-CoV-2, o
que faz o estado entrar em alerta. "O governo do estado e a Sesap reforçam
a importância de intensificar todas as medidas de controle da transmissão do
vírus, evitando aglomerações, intensificando as medidas de vigilância, isolamento
de todos os sintomáticos, o reforço do isolamento social, o uso correto da
máscara em todos os espaços públicos e privados para que a gente consiga conter
essa segunda onda e reduzir o número de casos e consequentemente de internação,
nesse momento em que a lotação dos hospitais públicos e privados encontram-se
nos seus limites máximos", disse Cipriano Maia, secretário de Estado da
Saúde Pública.
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