O Rio Grande do Norte teve um aumento e atingiu 33,54%
do seu território com área de seca fraca. O dado é do Mapa de Secas, ferramenta
coordenada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), que foi
divulgado nesta quarta-feira (21). Esse número no mês de agosto era de 14,57%.
Os 33,54% atingidos representam o maior número de área
com seca no estado desde o mês de maio, quando chegado à marca de 42,56%. O aumento
de agosto para setembro foi considerado "significativo" pela agência.
Apesar da expansão do fenômeno, o RN registrou a
melhor condição de seca do Brasil neste mês de setembro, segundo a ANA. Ou
seja, o estado tem a menor área atingida entre os estados monitorados e, além
disso, a seca que atinge o território é somente a de intensidade fraca.
De acordo com a análise do Mapa de Secas, o avanço da
seca fraca aconteceu na região central do território potiguar e os impactos
serão de curto e longo prazo nas regiões Seridó e Borborema. Nos demais locais,
serão apenas curto prazo.
O grau de severidade da seca no estado segue estável.
Em outras 12 federações, houve o agravamento.
Segundo a ANA, setembro é climatologicamente seco em
grande parte do Centro-Oeste, Sudeste, Nordeste e Tocantins e as chuvas são
inferiores a 30mm na maior parte dos estados nordestinos, norte de Minas
Gerais, nordeste de Goiás, leste de Tocantins, Distrito Federal e centro-norte
de Mato Grosso do Sul.
Aumento no Brasil
Além do RN, 14 das 19 federações monitoradas
apresentaram aumento das áreas de seca: Alagoas, Ceará, Distrito Federal,
Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio
de Janeiro, Sergipe e Tocantins. A redução de áreas com o fenômeno aconteceu
somente no Rio Grande do Sul.
Já Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina passam
por forte seca permaneceram com 100% de seus territórios com o fenômeno. A
Bahia se manteve no patamar de 68% de sua área com seca.
O grau de severidade da seca aumentou em Alagoas,
Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco,
Piauí, Sergipe e Tocantins e se manteve em Ceará, Espírito Santo, Paraná, Rio
de Janeiro e Santa Catarina, além do RN. Nesse quesito, o Rio Grande do Sul foi
o único estado do Mapa do Monitor a ter melhora na severidade do fenômeno.
A situação de seca mais severa registrada em setembro
– seca extrema – aconteceu em Mato Grosso do Sul (24,08% de seu território),
Paraná (8,6%) e Minas Gerais (2,92%).
Monitor de Secas
O Monitor de Secas realiza o acompanhamento contínuo
do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores de seca e nos
impactos causados pelo fenômeno em curto e ou longo prazo desde 2014. Os
impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis
meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem
sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à
seca
O projeto é coordenado pela ANA, com o apoio da
Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), e desenvolvido
conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas
de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas.

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