FOLHAPRESS
A Controladoria-Geral da União informou nesta
terça-feira (26) que divulgará em até 15 dias a lista com os cerca de 53
milhões de cadastrados para receber o auxílio emergencial de R$ 600 por causa
da pandemia de coronavírus. O ministro da CGU, Wagner Rosário, disse já ter
identificado um número bem superior a 160
mil casos de fraudes.
Os números ainda não estão consolidados, mas ele
afirmou, por exemplo, que há 74 mil sócios de empresas com empregados
cadastrados e que recebem a ajuda do governo.
Já foram identificadas 86 mil pessoas que doaram, como
pessoa física, mais de R$ 10 mil a campanhas políticas. Sem informar números,
mencionou também beneficiários que são presidiários, proprietários de veículos
que custam acima de R$ 60 mil, donos de embarcações e pessoas que têm domicílio
fiscal no exterior.
“Estamos agora identificando pessoas que estão
solicitando este benefício dentro de um mesmo IP ou de um mesmo celular para
tentar identificar fraudes”, disse Rosário.
“A gente vem cortando estes benefícios
para evitar a saída de recursos”, afirmou o ministro.
O governo autorizou nesta terça-feira a liberação de
mais R$ 28,7 bilhões para bancar o auxílio emergencial de R$ 600. Com o novo
repasse, o custo do programa já alcança R$ 152,6 bilhões.
A assistência paga por três meses a trabalhadores
informais foi liberada para quase 60 milhões de pessoas até o momento. O número
de beneficiados é o triplo da projeção inicial apresentada pelo governo.
Em março, ao anunciar o programa, o Ministério da
Economia informou que a medida beneficiaria entre 15 e 20 milhões de pessoas a
um custo total de R$ 15 bilhões aos cofres públicos.
As estimativas do governo foram aos poucos revisadas.
Após a aprovação do auxílio pelo Congresso, a projeção foi ampliada para 54 milhões
de pessoas e o custo foi a R$ 98 bilhões.
Em seguida, o governo percebeu que o valor não seria
suficiente e liberou novo crédito para o programa, que passou para um montante
de R$ 124 bilhões.
Em entrevista nesta tarde, Rosário listou ações da CGU
para evitar desvios com recursos públicos. Sem dar detalhes, disse, por
exemplo, ter fiscalizado 13 processos que somam R$ 6 bilhões e que tiveram
irregularidades identificadas antes da contratação.
Foram identificadas, segundo o ministro, empresas sem
capacidade técnica ou operacional e propostas de empresas com indicativo de
fraudes.
Ele também mencionou a revogação de uma licitação de
cerca de R$ 900 milhões por identificar fraude na proposta da empresa.
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