FOLHAPRESS
Mesmo sem estudos conclusivos, o ministro da Saúde,
Luiz Henrique Mandetta, disse nesta sexta-feira (3) que o governo vai
recomendar a ampliação do uso de cloroquina em pacientes diagnosticados com o
novo coronavírus.
Segundo Mandetta, a recomendação de uso também será
estendida para pacientes com quadro grave —antes, valia apenas para aqueles com
quadro considerado crítico, internados em CTIs (centros de tratamento
intensivo).
A mudança na recomendação ocorre após a pasta ter
acesso a um estudo preliminar sobre os efeitos da cloroquina —remédio indicado
para tratamento de malária, lupus e artrite— em pacientes com Covid-19. O
material foi encaminhado à publicação na revista New England Journal of
Medicine.
Na quinta, o ministro disse que o estudo apontava que
a “ciência começava a achar um caminho”.
Já nesta sexta afirmou que “o paper publicado no New
England é muito frágil”. Ainda assim, afirmou que a pasta iria ampliar o uso
compassivo como forma de ampliar estudos.
“A gente divide os pacientes em formas leves, graves e
críticos. Nós estávamos adotando para os críticos. Vamos adotar também para os
graves, que são aqueles que vão para o hospital, mas ainda não necessitando de
CTI, mesmo que as evidências sejam frágeis, para que os médicos tenham a opção
na farmacopeia pública.”
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