Pesquisadores do Instituto Metrópole Digital
(IMD/UFRN) e do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) desenvolveram
o site Tô de
Olho para que a população denuncie ocorrências de aglomerações,
fato que facilita a propagação do novo coronavírus e está proibido segundo
decreto estadual. O site foi colocado no ar nesta terça-feira (7).
O decreto estadual 29.541/2020 estabelece restrições
de aglomerações como norma de enfrentamento à Covid-19. Recentemente,
23 pessoas que descumpriram o decreto foram presas e autuadas.
Todas as cidades do estado foram cadastrados no Tô de
Olho e qualquer potiguar tem acesso ao canal de denúncia.
"Agora, ao invés da pessoa ligar para o '190' e
denunciar alguma situação de aglomeração, é possível entrar no sistema e fazer,
lá mesmo, a queixa", explicou o professor Nélio Cacho, articulador do
projeto no IMD e vice coordenador do Smart Metropolis, projeto especializado na
criação de tecnologias para cidades inteligentes.
O projeto tem parceria com a Secretaria Estadual de
Saúde Pública (Sesap) e com a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social
(Sesed) e vai auxiliar o Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp).
De acordo com Nélio Cacho, a ferramenta também estará
em breve disponível como aplicativo.
Monitoramento
O Tô de Olho também vai fazer um monitoramento das
pessoas cadastradas como forma de prevenção. A Secretaria de Estado da Saúde
Pública (Sesap/RN) vai disponibilizar dados de laudos médicos registrados em
todo o estado e qualquer um que tenha sido diagnosticado com o coronavírus será
mapeado pelo aplicativo, sem que haja, no entanto, nenhum tipo de identificação
pessoal.
Um aspecto que pode auxiliar nesse processo é a cessão
do histórico de localização no cadastro do site. Essa informação que deverá ser
disponibilizada no sistema pelo próprio usuário de contas do Google.
"O algoritmo vai detectar, através do histórico
de localização, quem teve algum contato com uma pessoa infectada no período de
contágio, sem identificar a pessoa, obviamente. As pessoas que tiveram contato
são notificadas para reforçar o isolamento", afirmou Nélio Cacho.
A ideia é que o Tô de Olho consiga criar o vínculo
epidemiológico entre os usuários. Segundo a equipe, isso ajudará a diminuir a
propagação da doença em ambientes domésticos e profissionais.

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