Ateliê D'Valentina prioriza máscaras de tecido infantis e demanda de vendas supera o esperado — Foto: Daniel Barreto
Diante da falta de máscaras cirúrgicas no mercado e da
necessidade do uso delas pelos profissionais da área de saúde, o Ministério da
Saúde recomendou essa semana o uso de máscaras de tecido pela população. Nas
ruas de Natal, as pessoas se protegem como podem para evitar a transmissão do
novo coronavírus. Quem precisa sair de casa por algum motivo usa máscaras de
pano mesmo, improvisadas ou costuradas.
Jéssica Luana, técnica de enfermagem, trabalha com
pacientes em home care. Ela diz que usa máscaras de tecido para evitar a
contaminação do Covid-19 ou outras doenças respiratórias. "Fui a uma
farmácia e não encontrei. Tomei a atitude de fazer para prevenir a mim, a minha
família e aos meus pacientes", falou.
A costureira Joana D'arc tem um ateliê e disse que a
procura por corte e costura tradicional caiu drasticamente desde o início da
pandemia do novo coronavírus. Agora, com as máscaras cirúrgicas em falta no
mercado, ela resolveu costurar e vender máscaras de tecido. Do corte ao
acabamento, cada máscara fica pronta em menos de cinco minutos. Ela reforçou
que não visa o lucro e, inclusive, doa algumas máscaras para quem não tem como
pagar. "Às vezes, passa um vendedor de picolé e eu presenteio com uma
máscara. Eu compro um picolé e aviso que ele tem que andar com máscara",
declarou.
O ateliê D'Valentina também passou a confeccionar as
máscaras de tecido e focou, inicialmente, nas estampas infantis. As vendas são
feitas pelas redes sociais e pelo WhatsApp, e, no primeiro dia, surpreenderam a
empresária Alanna Fernandes. "Com a autorização do Ministério da Saúde,
passamos a produzir as máscaras e as vendas superaram nossas
expectativas", disse.
Joana D'arc passou a confeccionar máscaras de tecido — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV


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