O juiz federal Sérgio Moro decidiu nesta terça-feira
(22) soltar o ex-deputado federal ex-petista Cândido Vaccarezza, atualmente no
partido Avante. O político foi detido na sexta-feira (18), em caráter
temporário, durante a deflagração da 44ª fase da Operação Lava Jato, batizada
como “Abate”.
No despacho, Moro determinou que o político deverá
pagar fiança de R$ 1.522.700,00. O pagamento poderá ser feito 10 dias depois da
saída dele da cadeia. Para ter direito ao habeas corpus, ele deverá assinar um
termo de compromisso, garantindo que poderá depositar o dinheiro no prazo
determinado por Moro.
A mesma situação se aplicará ao ex-gerente da
Petrobras Márcio Albuquerque Aché Cordeiro, que também foi detido na
sexta-feira. No caso dele, porém, a fiança deve ser de R$ 371.496,00. Caso os
dois não paguem o dinheiro, podem ser presos novamente.
Moro também falou a respeito do pedido de prisão
preventiva feita contra o executivo Luiz Eduardo Loureiro Andrade. Ele era o
terceiro alvo da Operação Abate, mas não foi detido porque está nos Estados
Unidos, onde mora, segundo a defesa. Nesta terça-feira, o advogado que o
representa disse que o cliente deverá voltar ao Brasil e se apresentar à
Polícia Federal em Curitiba.
O magistrado considerou que, como a prisão temporária
contra ele sequer foi cumprida, irá aguardar para que ele seja detido, para só
então definir o futuro do executivo.
Após a soltura dos dois investigados, eles deverão
cumprir uma série de exigências. Segundo o despacho de Moro, eles devem ter os
passaportes retidos e ficam impedidos de deixar o país sem autorização
judicial. Além disso, não podem ter contato com outros investigados na Operação
Abate, nem mudar de endereço sem avisar a Justiça.
Nenhum comentário:
Postar um comentário