A internet voltou a
repercutir, nos últimos dias, a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal
(STF) Alexandre de Moraes que livrou o SBT do pagamento de R$ 8 milhões à
jornalista Rachel Sheherazade. O assunto ganhou novo fôlego após a participação
de Moraes como um dos convidados do lançamento do SBT News, evento que contou
ainda com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outras
autoridades ligadas ao governo federal.
Nas redes sociais,
internautas passaram a relacionar a presença do ministro no evento da emissora
à decisão tomada por ele em dezembro de 2023, quando derrubou uma condenação da
Justiça do Trabalho que obrigava o SBT a indenizar Sheherazade. Para críticos,
a participação de Moraes no lançamento do novo telejornal teria “pegado mal”
diante do histórico do julgamento, reacendendo debates sobre imparcialidade e
proximidade entre integrantes do Judiciário e grandes grupos de comunicação.
Na decisão, Moraes
suspendeu a condenação e julgou improcedente a ação movida pela jornalista, que
havia processado a emissora em 2020 após sua demissão. Contratada como pessoa
jurídica (PJ), Sheherazade alegava ter vínculo empregatício com o SBT, além de
denunciar assédio moral e censura editorial. Com a decisão monocrática, o
ministro afastou a indenização milionária imposta ao grupo de comunicação.
A presença de Moraes no
evento do SBT News, onde inclusive discursou, foi interpretada por parte da
sociedade como um reconhecimento da emissora ao ministro. A partir desse
contexto, usuários passaram a “desengavetar” notícias antigas sobre o caso,
fazendo com que a decisão voltasse a circular com força nas redes sociais e em
grupos políticos.
O episódio reacendeu
discussões sobre a atuação individual de ministros do STF, decisões
monocráticas, relações institucionais e a confiança da sociedade nas
instituições. Mesmo sendo um caso de 2023, o contexto atual fez com que o tema
voltasse ao centro do debate público.

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