A chanceler da Colômbia, Rosa Villavicencio, afirmou
que o país não descarta conceder asilo político ao presidente venezuelano Nicolás
Maduro caso ele renuncie e deixe o comando da Venezuela. A declaração ocorre em
meio ao aumento da pressão dos Estados Unidos, que intensificaram a tensão
regional após apreenderem um navio petroleiro ligado ao regime venezuelano
nesta semana.
Villavicencio disse que Washington e Caracas
voltaram a dialogar recentemente para tentar negociar uma saída segura para
Maduro. Segundo ela, se o acordo envolver a necessidade de o presidente
venezuelano buscar proteção em outro país, a Colômbia estaria disposta a
recebê-lo. A fala ocorre após reportagens do Miami Herald e
do New York Times revelarem que Maduro conversou por telefone
com Donald Trump no fim de novembro, quando o republicano teria oferecido
passagem segura para ele e sua família deixarem a Venezuela — proposta
rejeitada por Maduro.
Ainda de acordo com o Miami Herald, a
negociação entre Maduro e Trump não avançou, e a Casa Branca considerou o
diálogo encerrado. A pressão dos EUA também mira o governo colombiano: Trump
intensificou ataques contra Gustavo Petro, a quem chamou de “narcotraficante”,
a mesma acusação feita ao líder venezuelano.
Na quinta-feira (11), Trump voltou a elevar o tom e
disse que a Colômbia “está produzindo muita droga”, enviando um recado direto a
Petro: “É melhor ele se conscientizar ou será o próximo. Ele será o próximo em
breve. Espero que ele esteja ouvindo.” As falas aumentam ainda mais o clima de
instabilidade política na região.
Com informações do Metrópoles

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