quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

Ceciliano pressionou deputados com ameaça de cortar emendas para salvar Glauber

 



A articulação que evitou a cassação do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) envolveu pressão direta do secretário especial de Assuntos Parlamentares do governo, André Ceciliano. Segundo mensagens e relatos obtidos pela coluna da Andreza Matais, do Metrópoles, Ceciliano telefonou para parlamentares do baixo clero afirmando que o Planalto deve assumir o controle das comissões em 2026 — e que os R$ 12 bilhões em emendas destinadas pelos colegiados só seriam liberados para quem “se comportasse”.

Os deputados relataram ter interpretado a fala como um aviso de que verbas poderiam ser usadas como instrumento de retaliação no ano eleitoral. A movimentação provocou reação imediata de lideranças da Câmara, que confrontaram Ceciliano e pediram que o governo não utilizasse emendas como mecanismo de pressão em uma disputa interna da Casa.

Com o desgaste, Ceciliano voltou a procurar parlamentares para dizer que agiu como “político” e não em nome do governo, pedindo que o episódio fosse tratado como um “mal-entendido”. Mesmo assim, o recado já havia circulado entre os deputados, impactando diretamente o clima da votação.

A base governista conseguiu reverter o cenário e evitar a cassação, que era dada como certa até horas antes da sessão. Glauber acabou punido com suspensão de seis meses por expulsar a chutes o militante do MBL Gabriel Costenaro, em abril de 2024, após alegar ter sido provocado com ofensas à memória de sua mãe, Saudade Braga, ex-prefeita de Nova Friburgo.

Com informações do Metrópoles

 

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