Escolhido por sorteio para compor a nova Comissão
Especial Processante que vai conduzir outro processo de cassação da vereadora
Brisa Bracchi, o vereador Tárcio de Eudiane não fez média e escancarou sua
lógica política: “Eu vou pra onde eu vou me reeleger. Pronto.” A vaga seria do
vereador Luciano Nascimento, sorteado antes, mas ele recusou.
Sem rodeios, Tárcio deixou claro que não segue
partido nem bandeira ideológica. “Eu não defendo partido político nenhum, zero,
zero partido político. Eu vou para onde eu vou me reeleger. Pronto. Eu não
minto para ninguém, pô. Eu sou verdadeiro e tenho a minha opinião própria”,
afirmou.
O vereador justificou sua “versatilidade” dizendo
que isso facilita articulações de emendas e o trânsito com a gestão municipal —
comandada pelo prefeito Paulinho Freire — e até com o Governo do Estado, mesmo
com a administração Fátima Bezerra vivendo crise e desgaste. “Se a governadora
Fátima pedir minha ajuda para tentar ajudar o Estado que está quebrado, estou
lá. Se o prefeito Paulinho me pedir, eu estou lá”, disse.
Tárcio ainda explicou por que, segundo ele, não vale
a pena afrontar quem está no poder: “Vai no governo e ser oposição no governo,
não consegue nem um copo d’água”. Em meio ao novo processo contra a petista, a
fala expõe — sem filtros — o cálculo eleitoral por trás dos movimentos na Casa.

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