O deputado estadual Gustavo Carvalho (PL) propôs que
os 24 parlamentares da Assembleia Legislativa contribuam com emendas para que o
Governo do Estado possa adquirir um novo tomógrafo para o Hospital Walfredo
Gurgel. Em pronunciamento na última terça-feira 11, o deputado sugeriu que cada
um destine R$ 150 mil para a mesma finalidade, de modo a atingir o valor
necessário para comprar o equipamento. Se a proposta de Gustavo Carvalho for
acatada, o Estado terá R$ 3,6 milhões à disposição.
“Eu mesmo disponibilizo das emendas que o governo
ainda não me pagou, e que eu tenho direito, porque elas são impositivas, R$ 150
mil para a aquisição desse tomógrafo. E eu acho que não tem um deputado aqui
que se furte a essa ideia, para entregarmos de presente ao povo do Rio Grande
do Norte um tomógrafo, já que o Estado não tem apetite para realizar essa
compra”, enfatizou o deputado.
Ainda segundo Gustavo, falta ao Governo do Estado
“apetite e prioridade” para comprar um novo tomógrafo para o Walfredo. “Saúde
eu tenho como prioridade. Quem é que não tem a sua saúde como prioridade? Todos
nós”, declarou.
A fala do deputado ocorre no momento em que os dois
tomógrafos do Hospital Walfredo Gurgel estão sem funcionar. É a terceira vez em
dois meses que isso acontece. Desta vez, um dos equipamentos quebrou e o outro
não pode ser utilizado por causa de uma reforma na sala onde ele está
instalado. Por causa do problema, pacientes que precisam do exame são
transferidos para o Hospital Deoclécio Marques de Lucena, em Parnamirim – a 18
quilômetros de distância.
“Isso parece até uma brincadeira. Se a condição não
fosse tão trágica, daria até para pedir música no Fantástico. O governo,
através da Secretaria de Saúde, não deu um pio para dizer quando o Estado vai
recuperar ou adquirir novos tomógrafos. Por quê? Está se percebendo, minha
gente, com a falta de manutenção, que esses equipamentos não têm mais
utilidade, eles não têm mais como servir”, declarou.
Os dois tomógrafos do Walfredo têm 9 e 15 anos de
uso, respectivamente. A direção do hospital reconhece que os equipamentos
precisam ser substituídos, mas que a compra tem esbarrado na falta de
disponibilidade financeira.
“O governo não reconhece isso como uma prioridade. E
as sequelas? As sequelas de quantos pacientes precisam desse tomógrafo
funcionando? Eu deixo essa interrogação. Esta casa precisa criar uma comissão,
um gabinete de crise, em relação à situação caótica da saúde pública”, afirmou
Gustavo Carvalho.

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