Em meio à forte crise que atingiu os Correios, o
governo ampliou a projeção de déficit nas empresas estatais este ano: de R$ 5
504 bilhões para R$ 9,208 bilhões. As informações constam do Relatório e
Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 5º Bimestre, divulgado nesta
sexta-feira (21) pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento.
“O aumento na projeção do déficit em R$ 3,704
bilhões decorre principalmente do impacto da reprogramação dos Correios”, diz o
texto. A estimativa no déficit da empresa mais do que dobrou, passando de R$
2,380 bilhões no relatório anterior para R$ 5,808 bilhões no de agora. Se
confirmada a projeção, será o maior déficit entre todas as estatais.
A previsão para o déficit total das estatais já
considera a dedução de R$ 4,248 bilhões em despesas relativas ao Programa de
Aceleração de Crescimento (PAC), autorizada pela Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) de 2025.
Com o rombo previsto nas estatais, a estimativa de
déficit primário para o Programa de Dispêndios Globais (PDG) superou o limite
previsto na LDO: um déficit primário de R$ 6,215 bilhões, já contando uma dedução
de R$ 5,0 bilhões em gastos com o PAC. Assim, o governo teve de compensar a
meta fiscal do PDG com o orçamento fiscal e da seguridade.
A compensação de R$ 2,993 bilhões levou a projeção
de déficit primário a R$ 34,259 bilhões, já abaixo do limite inferior de
tolerância, que aceita um rombo de até R$ 30,970 bilhões. O centro da meta
fiscal é de déficit zero. Com isso, o Executivo foi obrigado a anunciar um
contingenciamento de R$ 3,3 bilhões em despesas.
R7

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