O decreto assinado por Donald Trump nesta
sexta-feira (14) derrubou apenas a tarifa recíproca de 10% aplicada ao Brasil
desde abril, mas manteve intacta a sobretaxa de 40% criada em agosto como
retaliação ao julgamento de Jair Bolsonaro no STF. A mudança, válida de forma
retroativa desde a madrugada de quinta-feira, beneficia vários países
exportadores, mas não elimina o peso do tarifaço imposto aos produtos
brasileiros.
A sobretaxa foi elevada a 50% em agosto, quando
Trump acusou o governo Lula de promover “perseguição e processo politicamente
motivado” contra Bolsonaro, segundo documento assinado em julho. Com o novo
decreto, essa taxa cai para 40%, mas continua atingindo setores estratégicos
para o Brasil, grande produtor de café, carne bovina e outras commodities.
Diversos itens tiveram parte das tarifas reduzidas, entre eles carnes, frutas,
tubérculos, café, chá, cacau, derivados agrícolas e fertilizantes.
Apesar do alívio parcial, muitos produtos
brasileiros seguirão mais caros no mercado americano devido às altas recentes
de preços, provocadas tanto pelas tarifas impostas quanto pela baixa oferta nos
EUA. O governo americano afirma que a decisão levou em conta negociações
comerciais, demandas internas e a capacidade de produção doméstica.
Mesmo com a redução anunciada, a relação comercial
Brasil–EUA permanece sob tensão, e a continuidade da tarifa extra de 40% mantém
a pressão sobre exportadores nacionais.
Com informações do Poder 360

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